Mick Fanning, Supertubos, 2009 Saiu há uns dias no Diário de Notícias (DN), numa rubrica intitulada “Conheça a minha terra em 24h”, um artigo com o título: “É para corajosos, não para ‘meninos’”, da autoria da jornalista Lina Santos. O objetivo do referido artigo seria o de dar a conhecer a Ericeira, enaltecendo as suas qualidades e destacando o que de melhor tem para oferecer a quem a visita, incluindo obviamente as ondas. Nada contra, é inteiramente legítimo e até meritório que se promova com orgulho o que de melhor a nossa terra tem para oferecer, e a Ericeira tem realmente excelentes ondas para oferecer. Há no entanto algo que não posso deixar de referir, que é tão simples quanto isto: para enaltecermos as virtudes de algo ou alguém, não temos necessariamente de tentar depreciar outrem, pois só esse simples facto demostra desde logo alguma falta de convicção naquilo que se está a pretender enaltecer, e já que nas entrelinhas, foi o que a Exma. jornalista tentou fazer, ao referir o nome de Peniche, que não é para ali, nem perdido nem achado, vou então ser um bocadinho mais direto, pois como diz o ditado, quem não se sente, não é filho de boa gente. Como está no artigo em questão, não é por acaso que a Ericeira foi recentemente galardoada com a distinção de World Surfing Reserve (WSR), acredito que não, como também acredito que não é por acaso que a Exma. jornalista Lina Santos provavelmente não sabe quantas ondas surfáveis existem entre S. Bernardino e os Belgas, e a qualidade das mesmas. Também acredito que não é por acaso que a Exma. jornalista Lina Santos provavelmente não sabe que em Peniche se faz surf com qualquer vento e direção de “swell”. Também acredito que não é por acaso que a Exma. jornalista Lina Santos provavelmente não sabe que é em Peniche que se realiza uma etapa do WT, repito, do WT, não do WQS. Também acredito que não é por acaso que a Exma. jornalista Lina Santos provavelmente não sabe que a etapa do WT, repito, do WT, não do WQS, realizada em Peniche no ano de 2011, foi considerada, senão a melhor, uma das melhores do circuito desse ano. Também acredito que não é por acaso que a Exma. jornalista Lina Santos provavelmente não sabe que na etapa do WT, repito, do WT, não do WQS, realizada em Peniche no ano de 2011, das 229 ondas que contaram para definir os “scores” dos atletas, 74% foram classificadas de bom para cima, em que 38% foram excelentes e 36% boas. Tenho por fim a certeza que a Exma. jornalista Lina Santos nunca colocou o pézinho na água gelada dos Supertubos quando aquilo sobe os dois metros… pois se o tivesse feito, saberia com toda a certeza, que aquela onda… é mesmo uma brincadeira de meninos. Fica o convite.
3 Comentários
Numa altura em que a destruição do nosso planeta assume proporções preocupantes, é cada vez mais importante que cada um de nós faça a sua parte para que se possa preservar o que ainda não foi destruído. A questão ambiental é algo que deve ser prioritário em qualquer situação, e num município onde o Turismo tem um peso preponderante na economia local, esta questão torna-se ainda mais prioritária. Em Peniche escolheu-se a Onda em detrimento da poluição do Porto de Águas Profundas, foi uma escolha corretíssima, já o dissemos e escrevemos, e por isso somos a Capital da Onda. No entanto, não podemos ser só a capital daquela onda, temos de ser a capital de todas as ondas que nos rodeiam, e a capital de toda a envolvência ambiental dessas ondas, e é por isso que na Capital da Onda não se pode permitir que se destruam dunas, e é por isso que na Capital da Onda não se pode permitir que se poluam praias com rios imundos, e é por isso que na Capital da Onda não se pode permitir que se estacione em cima da areia, … Temos feito alguns escritos onde estas questões assumem relevante importância, e iremos continuar a fazê-lo, basta para isso que tenhamos conhecimento de tais situações. A defesa do património ambiental da Capital da Onda será uma prioridade do Peniche Surf News, nomeadamente na denúncia de situações que o ponham em causa. Só a título de curiosidade, ao décimo terceiro mês de existência, batemos o recorde de visitas mensais, 9.992. Obrigado a todos e boas ondas Faz hoje precisamente um ano que o PENICHE SURF NEWS nasceu. Continuamos com o mesmo ânimo, com a mesma vontade, com o mesmo entusiasmo, na divulgação e defesa do surf penicheiro, do primeiro dia. Atingimos as oitenta e três mil duzentas e oitenta e sete visitas, o que nos leva a pensar que aquilo que escrevemos terá algum interesse, por isso continuaremos. Ao longo destes doze meses de existência nunca fizemos qualquer apreciação de caracter pessoal a quem quer que fosse, limitámo-nos sempre a opinar sobre factos e decisões, tomadas no âmbito do desempenho de cargos de responsabilidade politica ou empresarial, com as quais, umas vezes concordámos, outras nem tanto, separando sempre a pessoa, do cargo que desempenha. Hoje pela primeira vez, iremos fazê-lo, esperando que seja a última. Em recente evento, mais precisamente na apresentação do livro “Tanto Mar”, de Pedro Adão e Silva e João Catarino, durante a Feira do Livro de Peniche, o Sr. Presidente da Câmara, António José Correia, na qualidade de apresentador e moderador do mesmo, fez publicamente apreciações relativamente à minha pessoa, nos seguintes termos: é o José Miguel, que também escreve, embora não tão bem como o Pedro (Adão e Silva), e até em determinadas alturas (escreve) mal, quando eu, como simples espectador, e aceitando o seu repto, pedi para intervir. Acho de muito mau gosto apreciações deste género, nem lhe reconheço quaisquer tipo de competências de crítica literária para o fazer, as quais tiveram como único propósito, o de TENTAR rebaixar e enxovalhar-me, perante a assistência, tirando partido da situação privilegiada em que se encontrava, pois não estávamos obviamente, em pé de igualdade, para iniciarmos qualquer troca de argumentos, não sendo aquele, nem o local, nem a altura para o fazermos. Aceito e agradeço que faça todos os comentários que desejar e achar convenientes, relativamente às minhas opiniões e ideias, debatendo-as e contrapondo-as. Estarei sempre disponível para as debater. Não aceito é considerações deste nível. Boas ondas Gosto de escrever sobre os surfistas de Peniche, as suas prestações, com quem competem, onde e quando. Gosto de escrever sobre os campeonatos que acontecem em Peniche. Gosto de escrever a minha opinião sobre aquilo que afeta o surf em Peniche. Resumidamente, gosto de escrever e opinar sobre a minha grande paixão: o surf em Peniche, e foi isto que me levou a iniciar o projeto PENICHE SURF NEWS. Este mês, dia 26, faz um ano que nasceu o PENICHE SURF NEWS. Ao longo destes últimos tempos em que tenho escrito as minhas opiniões, repito, as minhas opiniões, sobre o surf em Peniche (e o Peniche Surf News é um projeto de continuidade ao que vinha fazendo no Jornal de Peniche), tenho sido alvo de tentativas de pressão, umas mais dissimuladas do que outras, com o objetivo de condicionarem aquilo que escrevo, como e quando escrevo. Pura perca de tempo, eu escrevo aquilo que quero, como quero e quando quero. Faço-o num “site/blog” que criei numa plataforma gratuita, onde não gasto nem ganho um cêntimo que seja, faço-o simplesmente porque me dá um enorme prazer fazê-lo. Deixando estas questões de menor importância, vamos ao que realmente interessa. Desde o início deste projeto que tive sempre como objetivo, o de trazer para o seu interior outros atores, outras opiniões, alargando o âmbito de ação, tendo sempre o surf como base. Neste sentido, o Edgar Henriques, o Luís Almeida, o João Paulo Jorge e mais recentemente a Patrícia Reis, deram-me a enorme honra de terem aceite o meu desafio, colaborando com os seus escritos, o que elevou a fasquia da qualidade deste simples, mas autentico PENICHE SURF NEWS. Espero obviamente continuar a contar com as suas colaborações, e se possível alargar a outros, pois é minha convicção de que só com o confronto e diversidade de ideias e opiniões se pode trilhar o caminho do sucesso. Um agradecimento muito especial é devido também aos colaboradores, diga-se, desde a primeira hora, na área da fotografia, João Rosado, Marco Gonçalves e António Rodrigues, pois sem eles este “site/blog” seria muito mais pobre. Sendo o PENICHE SURF NEWS um sítio onde se fala unicamente de surf penicheiro, o seu fio condutor, e dentro das suas parcas possibilidades, tem sido, o de dar o máximo destaque e visibilidade aos extraordinários atletas que defendem o nome desta magnifica terra nas diversas competições onde entram. Relativamente às opiniões, bem, opiniões são opiniões e cada um tem as suas… e estas têm sido as minhas, aquelas em que acredito. Recorrendo agora um pouco aos números, foram publicados cento e noventa e cinco artigos, repartidos pelas diversas rúbricas, que culminaram até ao dia de hoje em setenta e sete mil quatrocentas e noventa e sete visitas, traduzindo-se em cerca de duzentas e vinte visitas diárias, o que para nós é um número que dificilmente imaginaríamos alcançar quando iniciámos esta “brincadeira”. Agradeço a todos aqueles que me leem, pois é deles que retiro a força suficiente para depois de um dia de trabalho, roubar algumas horas ao descanso, para ler, pesquisar e escrever, sobre esta minha paixão que é o surf, o surf em Peniche. Obrigado a todos, e boas ondas “Hoje em dia o mais fixe que há é ser surfista”, era esta a frase que ilustrava um “post” no “facebook” de alguém pela qual nutro grande respeito e admiração, por tudo o que representa para o surf nacional, onde mais em baixo complementava: “mas há 30 anos, há 20 anos, há 10 anos atrás, nós os surfistas eramos vistos como uns párias e uns vagabundos da praia”. É bem verdade. Como isto mudou!!! Só a título de exemplo, ainda me lembro de na discoteca mais “in” da zona oeste, os surfistas não poderem entrar, só porque eram surfistas. Como isto mudou!!!, ou de se fazerem campeonatos em Peniche, alguns deles internacionais, e até nem é preciso recuar assim tantos anos, e de não haver nada aberto na praia para se poder beber um café ou comprar uma garrafa de água. Como isto mudou!!! Curiosamente alguns dos que há uns anos tinham atitudes como as descritas, são agora uns fervorosos defensores do surf em Peniche. Como isto mudou!!! Se é absolutamente necessário tirar proveito deste recurso natural que temos, potenciá-lo e aproveitá-lo em benefício da economia local, como aliás tenho defendido, é também absolutamente necessário que se tenha algum cuidado e não nos deixemos levar pela febre economicista e mediática do vale tudo. Não nos esqueçamos que o surf para além da componente comercial, tem também a outra vertente, a do puro lazer, a do puro prazer. Começa a haver a tendência para esquecer esta vertente do surf, começa a haver a tendência para esquecer todos aqueles que não precisam do surf para nada, a não ser para descomprimirem depois de um dia intenso de trabalho. Não mediatizemos tudo, não englobemos tudo no mesmo saco, preservemos também algum do “élan” que o surf tem e que não pode, nem deve ser perdido, pois se isso acontecer acabaremos por prejudicar também a vertente económica de forma irreversível. O surf é muito mais do que campeonatos e conferências de imprensa, o surf é muito mais do que “surfcamps” e “surfscholls”, o surf é também um estilo de vida, com particularidades muito próprias que merecem ser preservadas. Obviamente que quem tem negócios com base no surf, sente alguma dificuldade em não cair na tentação de esquecer a preservação em detrimento do lucro, de certo modo pode até ser compreensível, não justificável, mas compreensível que o faça. Caso bem diferente é quem nos representa institucionalmente, nesse caso não é, nem compreensível, nem justificável, e devemos exigir que nos proteja relativamente ao avanço desenfreado que se está a dar nesta área, e se o exemplo deve vir de cima, então que sejam eles os primeiros a dá-lo, e em Peniche, infelizmente nem sempre é isso que acontece. O surf penicheiro tem feito nos últimos tempos uma verdadeira travessia do deserto, dura, difícil, muito difícil, mas ainda não morreu. Sobreviveu às sanguessugas que lhe têm sugado o pouco sangue que ainda lhe restava. Sobreviveu e vai erguer-se com a força necessária para afugentar os abutres que aguardaram pacientemente a sua carcaça para lhe dar a estucada final. Escrevi no penúltimo editorial, o qual intitulei: MARÇO, O MÊS DA VIRAGEM, que “os surfistas de Peniche perceberam finalmente que unidos conseguem fazer ouvir a sua voz…”, e neste sentido advinham-se ventos de mudança no surf em Peniche, esperando-se obviamente resistências por parte de todos aqueles que nos últimos tempos se aproveitaram dele para atingirem determinados objetivos, abandonando-o e vendo-o afundar-se quando este já não lhes servia. A união entre os surfistas de Peniche, é essencial para que o surf penicheiro se reerga com a força necessária para que possa ser respeitado e ouvido por todos os parceiros, internos e externos, que de alguma forma pretendam colaborar em iniciativas em Peniche, em que o nosso desporto é o centro. Há um velho ditado que diz: “cada macaco no seu galho”, e o surf penicheiro tem admitido nestes últimos tempos muitos macacos no seu galho, que o minaram e quase o levaram à extinção, com os seus jogos de bastidores. Algo que considero bastante importante, e que não abdico, em qualquer situação da vida, é a palavra dada, isto é sagrado, e da minha parte, quando a assumo, é para ser cumprida, e o mesmo exijo pela parte dos outros. Como na sociedade em geral, também no surf deveria ser assim, e como na sociedade em geral e também no surf, às vezes não é assim. No que me diz respeito, tudo farei para que assim seja, o fim não deve nunca justificar todos os meios. A grandeza das pessoas e também das instituições revela-se nos actos que praticam, mas sobretudo na honestidade como os praticam, e o surf penicheiro e todos os seus parceiros devem assumir isto como regra de ouro nas suas sinergias. Depois da viragem, é agora tempo de caminhar em frente e de todos os interessados colaborarem de forma efectiva com quem legitimamente representa o surf em Peniche. Se no último editorial o focus do texto eram os surfistas de Peniche e a sua atitude, como resposta a alguns atropelos a que tem sido sujeitos ao longo destes anos por parte de algumas pessoas e instituições, neste, vamos “sair um pouco da praia”. Em Novembro de 2011, como o Peniche Surf News teve oportunidade de noticiar, foram apresentados pela primeira vez no Congresso Internacional de Turismo (ITC) que se realiza anualmente na Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar (ESTM), dois “papers” que tinham como tema o surf, e escrevi na altura o seguinte: “É com uma pontinha de orgulho que vejo o surf ultrapassar mais um degrau importante nesta sua escalada de afirmação como algo importante para a sociedade, pois é algo pelo qual me tenho batido ao longo dos anos, e finalmente começa a acontecer em várias áreas de intervenção, nomeadamente na turística.” Ontem dia 10 de abril de 2012, foi dado mais um passo importante. Foi apresentada pela primeira vez em Peniche e na ESTM, uma dissertação de mestrado cujo âmbito de estudo foi precisamente o surf, o surf em Peniche. Num anfiteatro repleto, e isto é um pormenor importante, pois não sendo usual acontecer, é um indicador do interesse que esta matéria começa a despertar na comunidade académica e cientifica, cerca de uma centena de pessoas assistiram à palestra, da agora, Mestre em Gestão e Sustentabilidade no Turismo, Patrícia Reis, penicheira de gema, sobre “Turismo de Surf: Segmentação pela motivação e escolha de um destino”. Com um júri de três elementos, composto pelos Professores Doutores António Sérgio Araújo (Presidente), João Paulo Jorge (Orientador), ambos docentes no Instituto Politécnico de Leira, e Manuel Salgado (Arguente), docente no Instituto Politécnico da Guarda, este trabalho de cento e cinco páginas, oferece-nos dados bastante relevantes para percebermos a importância que o surf poderá ter para o desenvolvimento turístico de Peniche. Retivemos desta breve apresentação de vinte minutos, que Peniche pode continuar a promover-se como Capital da Onda, podendo o surf servir de âncora para o desenvolvimento económico do concelho, não esquecendo no entanto que o principal atributo, e elemento diferenciador, para que isso possa acontecer, de um modo sustentável, é que exista efetivamente em Peniche um “ambiente e cultura de surf”, pois como refere, e bem, Patrícia Reis, “o surf é muito mais que um desporto”, o “surf é cultura, é um estilo de vida”. Este foi o primeiro, de muitos estudos que se espera, venham a acontecer relativamente ao surf em Peniche, este foi o estudo que “abriu as portas” ao surf como matéria de importância relevante no que ao turismo em Peniche diz respeito. O surf em Peniche entrou definitivamente na onda do estudo científico, e isso é algo extremamente importante, pois permite tomar decisões consubstanciadas em dados cientificamente estudados e comprovados. Não quero terminar sem endereçar à Patricia Reis os meus mais sinceros parabéns pelo excelente trabalho que realizou, mas acima de tudo pela concretização de mais este objetivo na sua vida. Março de 2012, pode ficar marcado na história do surf penicheiro como o mês da viragem. Os surfistas de Peniche perceberam finalmente que unidos conseguem fazer ouvir a sua voz, e este é um passo que poderá marcar definitivamente o surf penicheiro. É extremamente importante que os surfistas de Peniche sejam ouvidos relativamente a tudo a que ao surf em Peniche diz respeito. A união dos surfistas de Peniche em torno de uma ou mais instituições, que os possam representar, com estratégias devidamente montadas e objetivos bem delineados é fundamental para que o surf em Peniche possa ser sustentável, e saia do estado anárquico em que se encontra, nomeadamente na relação existente no binómio surf industria / surf lazer. Algumas vozes se têm levantado relativamente a esta posição de união dos surfistas de Peniche, que começa agora a tomar forma, uns para criticarem o facto de se exigirem contrapartidas, outros por acharem que as contrapartidas exigidas são demasiado benevolentes, mas como em tudo na vida, não se pode agradar a “gregos” e a “troianos”, simultaneamente. É fundamental ter a noção que este é um processo que envolve muito mais que um campeonato, é necessário enxergar mais além e ter algum bom senso. Não se pode querer tudo de uma só vez, e que em situações como esta, em que se conseguiu pelo menos ser ouvido, o que nunca tinha acontecido até hoje, é importante dar o benefício da dúvida. Isto não quer dizer no entanto que se aceite de bom grado voltar novamente ao mesmo, o aviso está feito para quem vier a seguir, e o próximo campeonato, será a “prova dos nove”, relativamente a este bom senso que os surfistas de Peniche demonstraram, numa atitude adulta e ponderada, como a que tiveram perante os organizadores do “Capítulo Perfeito. Lá mais para a frente se saberá se este aviso teve eco, tanto junto de quem nos governa, como daqueles que pretendem também usufruir das excelentes condições que Peniche pode oferecer, para ser um dos melhores destinos de surf da Europa. Por tudo isto, e para que não seja este ou aquele, a ter de assumir a posição de representar todos os outros, acartando desde logo problemas de legitimidade, é fundamental que em Peniche, de uma vez por todas exista um clube forte, em que a generalidade dos surfistas de Peniche se reveja e acredite. Se isso acontecer é garantido que a sua voz será ouvida e respeitada por todos aqueles que neste momento gravitam em torno do surf penicheiro. Na sua praia... Estou triste, despedi-me hoje de um amigo, de um grande amigo. Crescemos juntos, fizemos muitas coisas pela primeira vez juntos,… começámos a surfar juntos. Tenho pena que tenhas partido. O Bernas para além de ser uma pessoa extremamente inteligente, com um sentido de humor apuradíssimo, era acima de tudo amigo do seu amigo. Nunca me lembro de o Bernas ter negado ajuda a quem quer que fosse. Profissionalmente extremamente competente, era alguém com quem se podia contar, o Bernas estava sempre lá para ajudar naquilo que fosse possível. Era respeitado e admirado. Com os amigos era igual. O Bernas lembrava-se sempre do seu amigo. O Bernas lembrou-se de mim. Tenho uma enorme divida de gratidão para com ele. Infelizmente nunca a poderei pagar, resta-me unicamente o consolo, se pode servir de consolo, o facto de ter partido com dignidade, partiu com a mesma dignidade com que sempre viveu. A sua despedida foi o reflexo do seu enorme coração. Foi sempre um Homem de convicções, foi sempre um Homem que lutou por aquilo em que acreditava, foi sempre um Homem obstinado relativamente ao que queria, e quando queria, queria mesmo, roçando até em alguns momentos a teimosia. Era assim o meu amigo Bernas. Foi o Bernas que me puxou entre outras coisas para a escrita. Recordo um episódio em que um texto meu tinha sido mais duro que o habitual e de ele ter sido confrontado com esse facto, obviamente que me ligou a relatar o sucedido, ao que eu lhe perguntei se tinha o seu apoio, e ele me respondeu com estas palavras: “meu amigo, enquanto eu for diretor deste jornal, o lápis azul aqui não entra”. Amigo Bernas, a única maneira que eu tenho de te agradecer o que fizeste por mim, é continuar a ser da mesma maneira que sempre me conheceste. Onde quer que estejas continua a ser o primeiro a ler os meus artigos, pois eles continuarão sempre a serem escritos esperando a tua leitura atenta. Adeus amigo, nunca te esquecerei. _ Chegámos aos seis meses de vida. Em 26 de Julho de 2011 nasceu o PENICHE SURF NEWS. Ao longo deste tempo, temos tentado ser o mais fieis possível àquilo que nos levou a iniciar este projeto: divulgar e defender sempre os surfistas e o surf penicheiro. Julgamos que o temos conseguido fazer, mas isso será uma análise que não nos cabe a nós fazer. Dizer ainda que este é um projeto, e que tenhamos conhecimento, o único em Peniche, que tem exclusivamente como finalidade falar do surf penicheiro. Não tendo qualquer finalidade lucrativa, consegue deste modo ser completamente independente, não sofrendo assim a pressão do vil metal, e é por esta simples razão que o próprio endereço do “site” continua a ostentar o nome da plataforma onde está alojado. Tudo neste projeto é feito de forma gratuita. Em apenas seis meses conseguimos captar o interesse de outras pessoas para partilharem a sua opinião, o que já aconteceu por seis ocasiões, com artigos bastante interessantes e de enorme valia, esperamos obviamente que essa colaboração continue, e que possa servir de incentivo para que outras surjam, desde já fica lançado o repto. Analisando agora um pouco os números deste PENICHE SURF NEWS, em termos de notícias sobre campeonatos e surfistas de Peniche, tanto em provas nacionais como internacionais, ultrapassámos já as oito dezenas, divididas por surf, bodyboard, longboard e SUP. Quanto aos artigos de opinião o número é superior à dezena de escritos, a que juntamos ainda mais alguns editoriais, História e Estórias do Surf Penicheiro. Outro dos pontos ao qual damos bastante importância são as Galerias de Imagens, pois como diz o ditado, uma imagem vale mil palavras, e estas servem não só para divulgar os nossos surfistas, praias e terra, como também para mostrar os excelentes fotógrafos que Peniche têm, o que é algo que nos enche de satisfação e orgulho Em termos de visitas, ultrapassámos as trinta e cinco mil. Parece-nos um número bastante interessante, que resulta numa média diária muito perto das duas centenas. _ Por tudo isto, e enquanto formos merecendo a Vossa confiança, tudo faremos para continuar com este PENICHE SURF NEWS, e a promessa continua a ser a mesma de sempre, sermos fiéis ao princípio de base deste projeto: a divulgação e defesa do surf e dos surfistas de Peniche.
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Dezembro 2016
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