Escrito por: José Miguel Nunes Por razões que não vêm ao caso, tenho acompanhado o Europeu de Futsal. É impressionante a falta de “amor à camisola” existente, neste caso concreto, e tratando-se de selecções, a falta de “amor ao País”. É triste poucas equipas não terem “infiltrados”, sendo o caso mais gritante o do Azerbeijão, que chegou a ter em campo uma equipa completa de… brasileiros. Nunca gostei de ver o Deco e o Liedson de quinas ao peito, assim como não gosto de ver o Pepe. É desconcertante, para não dizer humilhante, até para os próprios, vê-los cantar o hino nacional, e a tentarem transparecer alguma emoção nas meias palavras que lhes saem a custo da boca. Não gostei de ver o Marlon Lipke a competir por Portugal no último Europeu nos Açores. Não depois de ter competido anteriormente pela Alemanha. A sua passagem pela elite do surf mundial nunca me fez vibrar, e o mesmo se aplica ao Nicolau Von Rupp. Não me entusiasmam os seus feitos, não que com isto lhes deseje algo de negativo para as carreiras, pelo contrário, mas os seus feitos, as suas vitórias, as suas derrotas não me tocam o coração, como por exemplo acontece com as do Saca, Kikas ou Vasco Ribeiro. Tiveram a sua oportunidade e não quiseram, fizeram outra escolha, no caso de ambos, legítima, mas se assim foi, assim deveriam continuar. Nos clubes é parecido, existem atletas que por uma ou outra razão estão em clubes que não os da sua zona de origem, existem alguns exemplos, inclusivamente no Peniche Surfing Clube, não é algo que seja anormal ou de grande relevância, os clubes subsistem e ganham força, principalmente pelo número de associados que têm, quantos mais melhor. No entanto há associados e associados, todos os clubes os têm, dos dois tipos. A famosa mística, esse gosto, esse orgulho de pertencer a determinado clube, que deve ser transmitida dos mais velhos para os mais novos, é de extrema importância para a sobrevivência do próprio clube, e há associados que tem essa responsabilidade, ainda que não lhes tenha sido imposta, mas eles próprios se confundem com o clube a que pertencem, quer queiram, quer não, são olhados pelos mais novos como ídolos, como ídolos do seu clube, normalmente atletas locais, que tiveram e/ou têm desempenhos acima da média. Pessoalmente, não gosto de ver partir do meu clube para outro, qualquer tipo de associado, e se forem dos tais, então para além de não gostar, fico bastante triste, pois é algo que me toca no coração, que é onde tenho o clube do qual faço parte. Esperemos que não aconteça…
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Dezembro 2016
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