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Em jeito de homenagem...

20/2/2013

1 Comentário

 
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Propositadamente, hoje, dia 20 de Fevereiro de 2013, em jeito de homenagem, o editorial será o primeiro artigo escrito sobre o Centro de Alto Rendimento (CAR) em Peniche, da autoria do meu grande amigo BERNARDO RIBEIRO COSTA, em 30 de Novembro de 2007, no então Jornal de Peniche On-line:

FOMOS DROPINADOS!!

Há alguns anos atrás, e não foram assim tantos quanto isso, o surf e os surfistas eram considerados um bando de maltrapilhos, ao estilo de “feios, porcos e maus” que se deslocavam nas suas carrinhas a cair de podres, não trazendo quaisquer benefícios para os locais onde se dirigiam.

Felizmente, as mentalidades mudam (pelo menos algumas), e hoje em dia o surf já representa um importante meio de desenvolvimento turístico e económico para algumas regiões, como é o caso de Peniche. A nível desportivo, o surf é agora também reconhecido como tal, com uma Federação própria (Federação Portuguesa de Surf), devidamente homologada, e vários circuitos a decorrer, profissionais e amadores.

O Município de Peniche e os seus dirigentes actuais viram (e muito bem!) o surf como um excelente meio de promoção da terra e como uma forma de potenciarem o seu desenvolvimento aproveitando as suas excelentes características geográficas.

Vê-se e ouve-se por toda a parte o “slogan” PENICHE CAPITAL DA ONDA, seja em cartazes, panfletos, portal do Município, jantares de homenagem a antigos surfistas, entrega de galardões a surfistas e empresas do ramo em galas com toda a pompa e circunstância pelo próprio presidente da Federação Portuguesa de Surf. Até o nosso presidente da Câmara participa em aulas de surf, coisa nunca antes vista cá na terrinha.

Mas só isto não chega, é preciso muito mais. O surf tem de ser encarado como um meio capaz de gerar riqueza, e consequentemente criar postos de trabalho qualificado. O caminho tem obrigatoriamente de ser este.

O governo português, pródigo no marketing político, assumiu, através da sua Secretaria de Estado da Juventude e do Desporto, um compromisso nacional de responsabilidade partilhada, estabelecido no Congresso do Desporto, com o movimento associativo e com as autarquias, propondo-se promover um conjunto de iniciativas integradas em Medidas distintas. Comprometeu-se, assim, através da Medida 6 desta carta de intenções, promover o financiamento, a requalificação e construção, a nível nacional, de Centros de Alto Rendimento para cada modalidade desportiva, aproveitando as instalações existentes ou recorrendo a construções de raiz, mas sempre potenciando os recursos endógenos das diferentes regiões do País.

Segundo o Orçamento de Estado para 2008, o governo vai investir 11 milhões de euros nestes CENTROS DE ALTO RENDIMENTO para o desporto (referida Medida 6). Podendo ler-se, com referência a esta medida, o seguinte: “Entende se que uma estratégia que visa apoiar o desporto de Alto Rendimento em Portugal não está completa sem infra-estruturas compatíveis, concebidas e vocacionadas para padrões elevados de exigência e especialização, cada vez mais imprescindíveis para a obtenção de resultados de êxito".

Mais à frente, pode ainda ler-se: “Os Centros de Alto Rendimento são ainda encarados como pólos de desenvolvimento da economia, do emprego qualificado e da atracção e fixação de pessoas e empresas nessas regiões, procurando uma distribuição equilibrada pelo território nacional". Relativamente ao Surf, estão programados (ainda em fase de projecto) seis Centros de Alto Rendimento, distribuídos da seguinte forma: Viana do Castelo, Aveiro, Figueira da Foz, Sintra, Sesimbra e Vila do Bispo.

Posto isto, a pergunta que se impõe é muito simples: Porque é que Peniche fica fora do Mapa do Surf em Portugal?

Muito sinceramente não encontro uma resposta aceitável para justificar esta não inclusão, senão vejamos:

  1. Peniche, pela circunstância geográfica de ser uma península, recebe ondulações e ventos off-shore de qualquer quadrante, exceptuando o Oeste. Melhor só uma ilha. Temos sempre condições seja qual for a direcção do vento e da ondulação para a prática da modalidade. A própria Medida 6 realça a determinada altura: “… aproveitando as instalações existentes ou recorrendo a construções de raiz, mas sempre potenciando os recursos endógenos das diferentes regiões do País".
  2. A Península de Peniche é considerada pelos especialistas como um dos melhores, senão o melhor local do País para a prática desta modalidade. Basta consultar as revistas da especialidade para encontrar várias reportagens a salientar esse facto. A título de exemplo, na Revista Surf Portugal, n.º 36, pág. 46, já citada pelo Zé Miguel Nunes aqui no JP, vem o seguinte texto: “Existirão as flatadas em Peniche? Aparentemente, não. É incrível, mas por mais pequeno que esteja o mar, parece haver sempre algum cantinho por ali escondido onde não só há ondas, como normalmente estas são bastante razoáveis e, neste caso, boas mesmo". Bastante elucidativo.
  3. Entre Sintra e a Figueira da Foz existe uma distância enorme, sem nenhum Centro de Alto Rendimento projectado, mas muito perto da Figueira, em Aveiro, programaram outro. Ora Peniche fica precisamente neste vazio, quando a medida 6, a determinada altura, deixa bem claro que: “Os Centros de Alto Rendimento são encarados como pólos de desenvolvimento …, procurando uma distribuição equilibrada pelo território nacional”. Em que é que ficamos?
  4. Realiza-se em Peniche o campeonato internacional mais antigo do país, e um dos mais duradouros da Europa, o RIP CURL PRO, que comemorou este ano 20 anos. Existe tradição e experiência.
  5. Se não todos, pelo menos a grande maioria dos circuitos que decorrem em território nacional fazem passar por Peniche uma etapa, desde os Open, passando pelos Júnior, Nacional de Clubes e Taça de Portugal que teve as suas duas últimas edições na Praia do Baleal.
  6. Há pelo menos 10 ondas (só para citar as que vem no Guia de Surf disponibilizado no site do Município) em redor da península com características e grau de exigência bastante diversos umas das outras. Desde ondas tubulares a mais cheias, esquerdas e direitas, beach break’s, reef break’s. Não conheço outro local em território nacional continental com estas características.
  7. Para terminar existe em Peniche uma onda com o nome de SUPERTUBOS, conhecida e reconhecida internacionalmente como uma das melhores da Europa, e mesmo do Mundo.



Por tudo o que acima foi descrito, só me lembro de uma resposta capaz de justificar esta não inclusão, e utilizando uma expressão bem conhecida de todos os surfistas:
FOMOS DROPINADOS! Isto, ou é fruto de pura ignorância ou então é uma absoluta desconsideração para com o Concelho de Peniche.


Espero, sinceramente, que este projecto de Centros de Alto Rendimento mereça um rápido e enérgico repúdio por parte da nossa autarquia junto do governo. Caso contrário, teremos que ir todos para a rua retirar os cartazes da Capital da Onda para os oferecermos a outros. Acho que Peniche tem que exigir um justo tratamento nesta matéria.

RECTIFICAÇÃO (01-DEZ-2007): Segundo pude apurar, conforme publicado no site da Federação Portuguesa de Surf, o Orçamento de Estado de 2008 consagra uma verba total para esta área de cerca de 79 milhões de euros, face aos 72,9 milhões calculados para o ano que agora finda. Sobre esta matéria, que considero particularmente sensível no que concerne ao desenvolvimento de Peniche, solicitei esclarecimentos junto da FPS acerca da proposta de Centros de Alto Rendimento para Surf ainda em estudo. Ou seja, agrava-se  a dimensão do problema que, no essencial, se mantém sem explicação plausível.

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