Escrito por: José Miguel Nunes Será que os Surfistas Devem Ser Subsidiados?, é o título do livro da autoria de Martim Avillez Figueiredo, que recentemente saiu para as bancas. Pela sinopse apresentada, leva em linha de conta a teoria de Philippe Van Parijs, professor da Faculdade de Ciências Económicas, Políticas e Sociais da Universidade Católica de Louvain (UCL), materializado num artigo intitulado: "A Basic Income for All - If you really care about freedom, give people an unconditional income". Em Janeiro deste ano Martim Avillez Figueiredo, tinha já defendido a Tese de Mestrado "Liberdade Real para todos - Porque os surfistas devem ser subsidiados", no IEP (Instituto de Estudos Políticos, da Universidade Católica). Podemos concordar ou não com a teoria em causa, e essa é uma questão completamente à parte. Agora, bem diferente, é a insinuação patente neste título, que liga os surfistas ao estereótipo fabricado por Hollywood em meados do século passado, de vida boa, sem responsabilidades, a fazerem surf e a fumarem erva o dia todo, numa onda muito hippie ao estilo Flower Power. Essa época passou, o surf e os surfistas dos dias de hoje nada, repito, nada, têm a ver com esses tempos. O surf tem feito nos últimos anos um caminho de credibilização que considero bastante positivo, sendo hoje em dia visto, como uma mais-valia para a frágil situação económica em que nos encontramos, tornando-se ridícula toda e qualquer insinuação deste género. Sou surfista, não me revejo nesta insinuação. A grande maioria dos surfistas que conheço, todos eles têm responsabilidades, aliás, como a maioria das restantes pessoas não-surfistas. A grande maioria dos surfistas que conheço, todos eles passam os dias a trabalhar, aliás, como a maioria das restantes pessoas não-surfistas. A maioria dos surfistas que conheço, todos eles pagam o empréstimo da casa ao banco, aliás, como a maioria das restantes pessoas não-surfistas. A maioria dos surfistas que conheço, todos eles vão pôr e buscar os filhos à escola, aliás, como a maioria das pessoas não-surfistas. Presumo que o mesmo aconteça ao Mestre Martim Avillez Figueiredo, só não deve é fazer surf, que é o que os surfistas ainda fazem, antes de iniciarem, ou depois de acabarem mais um dia de trabalho, responsabilidades e horários a cumprir, como a maioria das pessoas não-surfistas. Tirando isto, o “estaminé” está quase montado, os melhores entre os melhores estão a chegar, é Outubro, o mês em que Supertubos se prepara para receber mais uma etapa do World Tour. Boas ondas
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Dezembro 2016
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