Capa Surf Portugal, nº 166 Na Surf Portugal, nº 166, talvez o primeiro grande feito do surf penicheiro ao nível de competição, a vitória de Nuno Silva no Rip Curl Pro. In Surf Portugal nº 166, págs. 90 a 93 (Novembro de 2006) RIP CURL PRO / PENICHE A sexta etapa do Circuito provou três coisas: que não há mal que dure sempre, que o coração às vezes bate a razão e que os locais conhecem as suas ondas como ninguém. Estes últimos dominaram o Rip Curl Pro, em particular NUNO SILVA, um lisboeta que escolheu viver em Peniche, mais perto da natureza e dos seus ritmos, e que apanhou das melhores e maiores ondas do Rip Curl Pro, aproveitando-as de forma exímia e acabando pela primeira vez vitorioso num nacional, relançando a sua época e até a sua carreira… O CORAÇÃO SOBREPÕE-SE MUITAS VEZES À RAZÃO… Com altas ondas, entre 1 e 2 metros, no Lagido durante o fim-de-semana, Nuno estava literalmente a jogar no seu quintal. Venceu todos os seus heats, quase sempre graças às duas primeiras manobras executadas, frequentemente conseguindo com isso notas na casa dos 7 pontos. Numa onda tão “manhosa” como o Lagido, as horas passadas dentro de água, por cima dos ouriços, pesaram seguramente. Nuno bateu atletas como Mica Lourenço (por duas vezes), João Guedes, Paulo Almeida, Herédia, Ruben, Antunes (também por duas vezes) e David Raimundo, este último numa final que manteve sempre sob controlo, graças a uma onda de 7,5… … “Estou super feliz”, afirmou Nuninho, debaixo de um enorme aplauso à saída do último heat. “Esperei muitos anos por isto, mas valeu a pena! Já tinha feito algumas finais mas a vitória escapava-me sempre. Este ano até estou a surfar bem mas a sorte não esteve do meu lado até aqui. Vencer finalmente uma etapa, em casa, à frente dos meus amigos todos e da minha mãe… é fantástico, não consigo sequer exprimir bem o que sinto. Mas acho que foi a concretização de um trabalho que tenho vindo a desenvolver e que assim também acaba com dois anos de momentos menos bons, em que tive de lidar com a morte do meu pai, com uma operação ao coração e até com a incerteza de voltar a surfar. Este foi um dia perfeito”, concluiu o campeão do Rip Curl Pro… … … ainda na 5ª posição… (ficou) Pedro Morgado, outro local que mostrou muito surf e um grande conhecimento da onda, perdendo para David Raimundo por pouco mais de uma décima. …
No quarto round… é de assinalar também as presenças… de Ricardo Leopoldo, o terceiro atleta local que chegou ao último dia do Rip Curl Pro. Ranking Nacional 2006: 1º Ruben Gonzalez 2º João Antunes 3º Alexandre Ferreira 4º David Raimundo 5º José Gregório … 10º Nuno Silva Agradecimento: Ricardo Leoplodo
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Capa Surf Portugal, nº 161 Na Surf Portugal, nº 161, a reportagem de um evento especial, o RedBull Locals Only, onde Jorge Cação e Acácio “Lelé” Grandela representaram Peniche ao mais alto nível, na disputa do prémio final: uma viagem ao Havai. In Surf Portugal nº 161, págs. 82 a 86 (Junho de 2006) REDBULL LOCALS ONLY LOCAIS DE QUATRO PONTOS DISTINTOS DA PENÍNSULA IBÉRICA COLOCAM-SE À PROVA EM DESAFIO ORIGINAL PROMOVIDO PELA REDBULL “A dropar daquela maneira fizeste-me mesmo lembrar o Zé do Cães. Ele era salva-vidas aqui quando eu comecei a surfar”. As palavras são de Samuel Furtado, de Sagres, para Acácio Grandela, o Lelé, de Peniche e o cenário era a lindíssima praia do Castelejo, na Costa Vicentina. … O conceito é simples: temos oito surfistas convidados, de quatro diferentes proveniências e realizam-se dois heats. Os competidores que estão de fora julgam os que estão na água, acompanhados por um representante da Red Bull. O critério de julgamento é a “melhor surfada”, ou seja, o conjunto do surf apresentado durante o tempo da bateria, como se fosse um free-surf. Não há “duas ondas”, “man-on-mans” ou “combinações”. Quanto a interferências, adequadamente, as regras do Locals Only permitiam aos surfistas que estavam em casa dropinar os visitantes, desde que não pusessem em causa a sua integridade física. … Adur Letamendia e Iñigo Kareaga, do País Basco, Emílio Oliva e Naranjito, de Cádiz, Samuel Furtado e João Mealha, de Sagres, e, por fim, mas definitivamente não em último, os clássicos de Peniche, Jorge Cação e Acácio Grandela “Lelé”, porventura os que melhor representavam o conceito do evento: um duo dinâmico que representa o corpo e a alma de Peniche. Sagres acolheu a comitiva com um swell potente … Apesar do forte on-shore, poderosas ondas de 1,5 m partiam no outsider, abrindo paredes enormes para a direita que terminavam num enorme calhau… embora várias vezes Jorge Cação tenha descoberto uma esquerda, que trabalhava até ao fim e terminava, sempre em grande delírio, a arrancar aplausos à audiência. … Difícil para uns, fácil para outros. O gigante Lelé, que fez do poder das ondas do Castelejo uma mola para a sua linha sólida, com arcos solidamente desenhados, esteve muito perto da vitória mas acabou por ficar em segundo lugar, perdendo para o basco Adur… … PENICHE, 25 E 26 DE MARÇO Uma semana depois, a comitiva seguia para a mais famosa península do surf nacional. … na Cova da Alfarroba, na Baía de Peniche, partiam ondas perfeitas de metrinho, alisadas por um ventinho off-shore. Perfeito. … “O Cação é o maior! Quando mais ninguém está nos Super, está lá ele… atira-se muito”, dizia-me de olhos bem abertos um local de Peniche. A verdade é que este foi mesmo o dia de Jorge Cação: usou os privilégios das regras, enfiando um dropino ao “rival” Adur e surfou de um modo entusiasmado e alegre, quase completando um aéreo numa das suas melhores ondas e continuando a saga de erguer os braços em sinal de vitória no fim de cada onda. Cação contagiava todos com a sua tremenda pica, premiada com uma merecidíssima vitória. … Olhando para o ranking no final da penúltima etapa, Mealha (2º lugar), Lelé (3º) e Cação (1º), eram os melhores colocados para vencer o evento, apesar da proximidade de Adur Letamendia, no 4º posto. … A verdade é que os dois surfistas de Peniche começaram a acolher o favoritismo geral de quem acompanhou esta prova, e não por acaso. Para além de serem o perfeito exemplo de locais, o seu surf, atitude, boa disposição, pica, historial, e claro, posição no ranking, faziam crer que poderíamos estar perante uma espécie de vitória moral também. … Quando o campeonato começou (Zarautz), todas as atenções estavam viradas para Adur e Jorge Cação. Este, porque era o líder do ranking, e o basco porque estava pura e simplesmente a partir a loiça toda… …
Tal com em Cádiz e Peniche, a competição em Zarautz foi realizada com outros free surfers na água, mas convém dizer que, neste dia, vários surfistas locais (ou localistas?) não ajudaram nada dentro de água … não ajudaram os portugueses, complicando-lhes a vida no line-up, abrindo caminho para a vitória de Adur… … Encontrado o vencedor do dia, faltava, no entanto, conhecer o ranking final e o grande vencedor. E quando este é anunciado o nome de Jorge Cação, a casa vem abaixo, apesar da clara inferioridade numérica dos portugueses. “Calma”, aconselhou António Pedro, da Alfarroba…”E… Adur Letamendia”. Conclusão: empate técnico a exigir um heat no dia seguinte para o desempate. … Na finalíssima, Adur não deixou margem para dúvidas e voltou a exibir todas as suas qualidades, garantindo o triunfo final. Agradecimento: Ricardo Leopoldo Capa Surf Portugal, nº 160 Continuando na Surf Portugal, nº 160, a ANTENA ASP referia que no Rip Curl Pro A TRADIÇÃO AINDA É O QUE ERA. In Surf Portugal nº 160, págs. 88 e 89 (Maio de 2006) A TRADIÇÃO AINDA É O QUE ERA … O primeiro evento do circuito europeu do ano começou a suscitar alguma expectativa uma semana antes, quando se previa que um bom “swell” iria entrar, preenchendo os melhores sonhos dos organizadores e, claro, dos surfistas. Neste caso concreto, bom “swell” a entrar, seria sinónimo de competição em Supertubos, uma das três praias – juntamente com o Lagido e a Almagreira – em “stand-by” para acolher este evento móvel. Mas apesar de alguma deusa enviada por Neptuno ter piscado o olho uma semana antes, prometendo muito, a verdade é que as melhores expectativas não se confirmaram. Mesmo assim, e perante o cenário deste segundo fim-de-semana de Abril – um “swell” serviços mínimos – o Rip Curl Pro acabou por ter um palco quase ideal: um Lagido “glass”, pequeno, mas perfeito. Já se sentia falta de um campeonato a sério, depois de um Inverno em que muito se falou de “eventuais campeonatos”. … nas meias-finais para o endiabrado Tânio Barreto – que deixou todos em combinação – e para Aritz Aranburu, mais um que se dá muito bem com os ares da Península Rainha do surf nacional.
… A final foi mais um passeio de Tânio Barreto, que deixou a concorrência – os dois bascos, Iker Fuentes e Aritz Aranburu, e Davi de Jesus – a ver navios, leia-se, em combinação… que destrui a “glassial” perfeição.do Lagido. Barreto tornou-se assim no primeiro bicampeão consecutivo deste tradicional evento. Agradecimento: Ricardo Leopoldo Capa Surf Portugal, Nº 160 Ainda na Surf Portugal, nº 160, SETE DIAS, SETE VIDAS…, foi o nome dado à matéria que relatava uma surf trip de um grupo de longboarders à Ilha do Sal em Cabo Verde, onde se incluía Bruno Grandela. In Surf Portugal nº 160, págs. 80 a 86 (Maio de 2006) TRIP ONDA CLÁSSICA 2006 LEVA UM GRUPO DE LONGBOARDERS À ILHA DO SAL PARA TEMPERAR A VIDA. “Foram várias as razões que levaram a Nictecmar a apostar em cabo verde, mais precisamente na Ilha do Sal, para a realização da Onda Clássica 2006. Mas terá pesado mais o facto de na ilha da famosa Ponta Preta haver ainda um grande número de ondas tão boas ou melhores que aquela, que ainda não foram devidamente retratadas. E foi com essas gemas raras em mente que um grupo composto por quatro longboarders nacionais, Alexandre “Exactamente” Nico, Francisco “pitbull” Malafaya, Bruno “Só Surf” Grandela e eu (Ricardo Vieira), e tendo como equipa técnica um fotógrafo, um cameraman e uma apelativa pivot, resolveu fazer as malas e apostar em terras e mares africanos…” “… o super-radical Grandela apostava nos tail slides de backside e até num helicóptero com direito a aterragem forçada nas pedras…” Agradecimento: Ricardo Leopoldo
Capa Surf Portugal, nº 160 Na Surf Portugal, Nº 160, a matéria MANISFESTO DA PERFEIÇÃO, referia-se a “uma abordagem preservacionista das áreas de ondas de qualidade excepcional”, onde obviamente estava incluída a onda dos Supertubos. In Surf Portugal nº 160, pág. 54 (Maio de 2006) Mais à frente dizia-se que “… numa onda de qualidade reside, além do valor físico, um valor espiritual de pureza”, onde “a ética ambiental defende que preservacionismo não deve ser só encarado somente na perspectiva dos recursos utilitários, mas também na de permitir que mantendo algumas regiões do globo tanto quanto possível livres da acção transformadora do Homem”. Era então esta a foto dos Supertubos que integrava o conjunto de fotografias de ondas de qualidade excepcional: Agradecimento: Ricardo Leopoldo
Capa Surf Portugal, nº 153 Ainda na Surf Portugal, nº 153, Bruno Grandela vence mais um evento. In Surf Portugal nº 153, págs. 72 e 73 (Outubro de 2005) RED BULL LONG BOARD CLASSIC 2005 O CLÁSSICO DOS CLÁSSICOS BATE RECORDE DE ADESÃO … a comissão organizadora da quarta edição do Red Bull Longboard Classic deparou-se com uma participação recorde, o que obrigou a adaptar o formato da competição, de forma a realizar a prova num único fim-de-semana. … Depois do grande sucesso das edições anteriores, 77 longboarders marcaram presença para participar numa competição relaxada e 19 competiram no troféu “deixa a tua tri-fin em casa”. … As ondas na Praia da Saúde alternaram entre o bom e o menos bom, consoante a altura da maré, mas houve sempre espaço para realizar uma manobra. Já na final, Bruno não deu uma única hipótese aos seus adversários, conseguindo realizar hang fives e bons re-entries, apesar da maré vazia e do desafio que representava apanhar uma onda que abrisse. Ganhou um bilhete de avião para o México, oferta da Soltour. RESULADOS:
1º - Bruno Grandela 2º - Miguel Ruivo 3º - Ruben Silva 4º - Luís Calado Agradecimento: Ricardo Leopoldo Capa Surf Portugal, nº 153 Na Surf Portugal nº 153, novamente na Secção do Pranchão, Bruno Grandela era o destaque com mais uma vitória. In Surf Portugal nº 153, págs. 70 e 71 (Outubro de 2005) BRUNO GRANDELA VOLA AO ATAQUE E DEIXA A ATRIBUIÇÃO DO TÍULO EM ABERTO Circuito Nacional de Longboard 2005 4ª etapa – 3 e 4 de Setembro, Vila Nova de Gaia … No primeiro dia realizou-se a fase dos oitavos de final com ondas de um metro e muito sol. … No domingo, as direitas do pontão de Salgueiros ofereciam ondinhas de meio metro, proporcionando o palco ideal para os tops mostrarem o seu valor. Ao longo do dia, Eurico Gonçalves, Bruno Grandela e José Teixeira tiveram as melhores prestações e chegaram à final acompanhados pelo experiente Miguel Ruivo. A final, muito disputada, acabou vencida por Bruno Grandela, seguido de Eurico Gonçalves, que com um segundo lugar tirou pontos preciosos a Miguel Ruivo, terceiro classificado. … A última etapa, em São Pedro do Estoril, será decisiva para a atribuição do título. Ainda há cinco atletas com hipóteses de ganhar, mas somente Miguel Ruivo e Bruno Grandela dependem exclusivamente dos seus resultados.
… RESULTADOS 1º Bruno Grandela 2º Eurico Gonçalves 3º Miguel Ruivo 4º José Carlos Teixeira Agradecimento: Ricardo Leopoldo Capa Surf Portugal, nº 152 Mais uma vez, Bruno “Mica” Grandela, longboarder de Peniche, com uma grande prestação, desta feita no Europeu de 2005, em Biarritz, como reportava a revista Surf Portugal nº 152, na Secção do Pranchão. In Surf Portugal nº 152, págs. 65 e 66 (Setembro de 2005) BIARRITZ SURF FESTIVAL 2005 COOL SHOE EUROPEAN LONGBOARD CONTEST Na prova europeia, que servia para atribuir o título de campeão europeu de 2005, somente 8 portugueses marcaram presença (cerca de 12% dos inscritos) com uma prestação global muito abaixo do habitual. Hugo Rocha, Manuel Mestre “Necas”, Eurico Gonçalves, Pedro Silva e João Ferreira perderam de primeira, na fase dos sessenta e quatro atletas. Luís Filipe Bento “Lufi” e Diogo Gonçalves passaram uma bateria e chegaram até aos oitavos de final. Nesta fase, as surpresas vieram do jovem italiano de 21 anos Alessandro Ponzanelli e do nosso Bruno Grandela, que apesar das ondas mínimas veio lembrar que Portugal tem longboardes de qualidade. … Nos quartos-de-final, Bruno voltou a mostrar a sua fibra e eliminou desta vez Bem Skinner, um outro brilhante longboarder inglês. Nas meias-finais, “Mica” ficou-se pelo terceiro lugar, vencido pela perícia e o conhecimento local de Thibaud Dussarat e Jonathan Larcher, mas após um excelente percurso.
… RESULTADOS COOL SHOE EUROPEAN LONGBOARD CONTEST 1º - Timothée Creignou (Fra) 2º - Elliot Dudley (GB) 3º - Jonathan Larcher (Fra) 4º - Thibaut Dussarat (Fra) 5º - Bruno Grandela (Por) 25º - Luís Bento, Diogo Gonçalves (Por) Agradecimento: Ricardo Leopoldo |
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