Capa Surf Portugal, Nº 154 Ainda na Revista Surf Portugal, nº 154, a reportagem da última etapa do Circuito Nacional de Longboard de 2005, onde BRUNO GRANDELA não revalidou o título por muito pouco, tendo levado a luta até à final. In Surf Portugal nº 154, págs. 74 e 75 (Novembro de 2005) LONGITUDE A SECÇÃO DO PRANCHÃO Há já vários anos que as expectativas antes da derradeira etapa do Circuito Nacional de Longboard não eram tão grandes. Miguel Ruivo, líder do ranking, ia disputar, na praia que o viu crescer, a conquista dum possível segundo título de campeão nacional face a atletas oriundos duma nova geração de longboarders. Os seus mais sérios adversários, Diogo Gonçalves e Bruno Grandela, o campeão em título, tinham que se mostrar à altura do desafio e vencer a prova. … Assistiu-se a uma das melhores exibições de longboard por parte de atletas portugueses de que há memória, com destaque para o terceiro heat, extremamente disputado. Francisco Malafaya, Bruno Grandela e Eurico Gonçalves surfaram muitíssimo bem… … Às meias-finais chegaram somente dois candidatos ao título, Bruno Grandela e Miguel Ruivo… … O “suspense” em relação ao título ia-se manter por mais uma bateria, com a passagem para a final de Bruno Grandela, João Ferreira, Manuel Mestre e, claro, Miguel Ruivo. … Mal começara a final e já se notava o nervosismo de alguns dos finalistas. … E o que dizer da escolha de ondas do Bruno Grandela, a não ser que foi péssima? O “Micá” arrancava insistentemente em ondas que não chegavam ao inside e via-se obrigado a olhar para as melhores a entrarem baía adentro enquanto voltava ao pico. O terceiro lugar nesta final foi provavelmente mais uma etapa no caminho da aprendizagem competitiva do Bruno, que viu desta forma inglória fugirem-lhe todas as hipóteses de revalidar o seu título.
Ranking Final 2005: 1º - Miguel Ruivo 2º - Bruno Grandela 3º - Diogo Gonçalves 4º - Luís Bento “Lufi” 5º - José Teixeira Agradecimento: Ricardo Leopoldo
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Capa Surf Portugal, Nº 154 Ainda na Surf Portugal Nº 154, os Supertubos a fazerem jus ao nome que ostentam, na 6ª etapa do campeonato nacional de 2005. In Surf Portugal nº 154, págs. 58 e 63 (Novembro de 2005) RIP CURL PRO – 30 DE SETEMBRO A 2 DE OUTUBRO, LAGIDO E SUPERTUBOS, PENICHE A história do Rip Curl Pro, 6ª etapa do campeonato nacional apetece ser contada a partir do fim. Mas manda o protocolo seguir com rigor desde o começo… até ao êxtase final. Durante sexta e sábado, a prova teve lugar nas esquerdas do Lagido, com ondas a variarem de 1 a 1,5 metros. A agradável “glassada” que se fez sentir no primeiro dia foi substituída no Sábado pelos efeitos do swell que estava a chegar, o que levou a que as condições fossem progressivamente piorando no lado norte da península de Peniche. … Com um poderoso swell de norte a entrar e com uma cortante nortada a fazer-se sentir com cada vez mais intensidade, adivinhava-se a mudança do local de prova para os Supertubos. Expectativas confirmadas e de que maneira! Logo pela manhã, bem cedo, os sets atingiam os dois metros e meio naquela famosa curva a meio da praia do Medão. Para a direita e para a esquerda, o pequeno-almoço estava servido: tubos e mais tubos. Rodrigo Herédia e André Pedroso dominaram a sessão matinal, seguidos por outros surfistas, entre candidatos ainda em prova, atletas já eliminados e locais de Peniche. Bocados de pranchas partidas começaram a surgir sistematicamente à beira-mar. Havia ondas perfeitas, sim, mas as condições estavam longe daquela perfeição imaculada que faz os sonhos de qualquer um. Havia mesmo muitos para quem aquilo mais parecia um pesadelo. … O primeiro heat dos quartos de final opôs o local Nuno Silva, Tiago Pires, Pedro Soares e um cada vez mais presente Guga Gouveia. A vontade do atleta da casa era muita, mas nem sempre jogar em casa é garantia de que a casa jogue a nosso favor. Depois de uma arrepiante espeta – a maior da prova – que lhe valeu uma cordinha rompida, o corpo dorido e muito tempo perdido, Nuno Silva, sempre desencontrado com as ondas, teve de engolir amargamente a realidade de que aquele não era o seu dia. Uma prova de que apesar das ondas épicas que entravam de vez em quando, não estávamos a ver ali os Super de gala. … Tiago Pires, quando atinou com as ondas foi pura e simplesmente imparável. … O patamar de performance foi mais uma vez elevado, numa prova com ondas excelentes… Ranking após o Rip Curl Pro:
1º - Ruben Gonzales – 3850 pts 2º - José Gregório – 3815 pts 3º - João Antunes – 3640 pts … 15º - Nuno Silva – 2360 pts Agradecimento: Ricardo Leopoldo Capa Surf Portugal, Nº 154 A ESPIRAL DA VIDA - uma refelxão sobre o poder circular das ondas. Foi a matéria da responsabilidade de João Valente na Revista Surf Portugal, Nº 154 de Novembro de 2005, onde claro, fazia parte a nossa onda dos Supertubos. In Surf Portugal nº 154, págs. 42 e 43 (Novembro de 2005) A ESPIRAL DA VIDA uma relexão sobre o poder circular das ondas ... Se é ponto assente que aquilo que faz a diferença entre uma onda meramente boa e uma onda de qualidade superior é a eventualidade da sua secção tubular, a coisa evoluiu para extremos que só uma obsessão continua e quase doentia com a parte mais circular e funda das vagas pode explicar.... Agradecimento: Ricardo Leopoldo
A EUROPA AOS NOSSOS PÉS, era o título da reportagem sobre a vitória de Portugal no EUROSURF 2005, na revista Surf Portugal, nº 155. Dois penicheiros fizeram parte da selecção campeã: Bruno Grandela (Longboard) e Silvano Lourenço (Bodyboard). In Surf Portugal nº 155, págs. 64 a 70 (Julho de 2005) A EUROPA AOS NOSSOS PÉS Pela segunda vez, Portugal conquista o título europeu de surf por equipas… … LONGBOARD O Bruno Grandela só ficou em 4º lugar porque, na minha perspectiva, foi várias vezes subavaliado no decorrer do campeonato, e a final não escapou à regra. Chegámos a falar com o chefe de júri para perguntar o que estava a contar mais, se o surf progressivo, se o clássico ou se uma mistura de ambos. Muitos juízes não tiveram noção da dificuldade das manobras que o Bruno estava a executar. Acho que foi subavaliado, o 2º ou 3º lugar teria sido mais justo. … BODYBOARD … Quanto ao Silvano, teve o seu ano de ouro. Não o conhecia e fiz ali um grande amigo. Fisicamente forte, psicologicamente motivado, mereceu estar ali. RESULTADOS Classificação geral por: selecções: 1º - Portugal 2º - França 3º - Espanha Longboard: … 4º - Bruno Grandela (Por) Bodyboard Open: 1º - Cedric Dufaure (Fra) 2º - Silvano Lourenço (Por) 3º - Hugo Pinheiro (Por) 4º - Álvaro Ortiz (Esp) Agradecimento: Ricardo Leopoldo O último desta trilogia de penicheiros no PARADIGMAS DO ACTO, Surf Portugal, nº 150, João Barbosa, Buda para os amigos, e responsável por grande parte dos surfistas penicheiros da minha geração terem hoje fotografias para recordar. In Surf Portugal nº 150, págs. 68 e 69 (Julho de 2005) ESPÍRITO LIVRE – João Barbosa, 38 anos, Mindelo, Cabo Verde … Lisboeta de nascença, filho adoptivo de Peniche, cidadão do mundo por vocação, actualmente João vive em Cabo Verde onde, como sempre na sua incrível vida, já fez de tudo um pouco, destacando-se em vários trabalhos na área da produção artística… … Apesar de nunca ter ganho dinheiro que se visse, tem dez temporadas havaianas no lombo, divididas entre Oahu, Maui e Kauai, sendo que a estadia mais linga durou oito meses e a mais curta um mês. É pouco? Então toma lá: Esteve duas vezes na Ilha Reunião, fez incontáveis incursões a França, norte de Espanha, Marrocos e Açores (São Jorge, Terceira, Faial, São Miguel, Pico); foi duas vezes às Canárias (Fuerteventura, Lanzarote, Gran Canária e Graciosa); três vezes à Madeira e Porto Santo, e do seu currículo contam também a Califórnia, a Baja Califórnia (México), Cornualha (Reino Unido), Senegal, Ilhas Bijagós (Guiné-Bissau), Gambia, Mauritânia e Thaiti (Moorea, Huaini, Thaiti Iti). Fez uma travessia Atlântica de catamarã entre Algarve-Madeira-Canárias-Cabo Verde- Gâmbia-Senegal-Cabo Verde; foi ao Japão (Tóquio, Nagano), fotografar e filmar o catálogo de snowboard da marca de surfwear alemã, Chiemesse, teve várias estadias em Nova Iorque; foi à Turquia e à Austria, novamente a serviço da Chiemsee e apresentou trabalhos multimédia em Londres e na Holanda. E está aqui a faltar qualquer coisa… … Fez windsurf e viu o nascimento do kiteboard em Hookipa; dropou Waimea com 18 pés; fez duas sessões de tow-in em outside reefs de Maui; fotografou Jaws de barco, surfou secret spots em Maui co Gerry Lopez, Laird Hamilton, Buzzy Kerbox e Darrick Doerner; passou três temporadas em Kauai e fez sessões clássicas de 12 a 15 pés em Hanalei Bay, onde em 2002 surfou ondsa clássicas só com mais três surfistas na água, entre os quais a lenda viva peruana, Filipe Pomar. Surfou sozinho ondas de 10 a 12 pés num recife de outside no Tahiti, a mais de um quilómetro da praia e passou o fim de ano a bordo de um luxuoso iate de 90 pés, ancorado numa lagoa de coral em frente a uma esquerda e direita clássicas, na belíssima e pouco visitada ilha de Huaini, onde os locais são conhecidos por expulsarem prós e fotógrafos visitantes a tiros de caçadeira e onde há poucas décadas se praticava o canibalismo. … Navegou pelas águas de cabo Verde a descobrir novas ondas a bordo do Indies Trader, somente com o capitão Martin Daly e a tripulação que serve as estrelas do Quicksilver Crossing. … … destaco duas frases para encerrar esta limitadíssima digressão pela vida de um dos mais fascinantes personagens já surgidos no surf português: “Essa cena de espírito livre e liberdade é muito relativa, pois todos temos as nossas prisões, físicas e mentais. Muitas vezes é uma questão de gosto ou de prioridades. Há sempre quem sacrifique a liberdade em favor da segurança, do comodismo ou dos bens materiais. Eu tento não ficar muito agarrado a essas coisas e sempre que posso solto as amarras e deixo-me levar pelo vento ou pela corrente, partindo em direcção à aventura e à novidade. Se há coisa que me faz mal é a rotina.” Agradecimento: Ricardo Leoplodo |
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Janeiro 2016
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