Na Surf Portugal, nº 181, a reportagem GAZETA DO NORTH SHORE, temporada Havaiana de Dezembro/Janeiro de 2007/2008, Jorge Cação, um dos mais respeitados surfistas de Peniche, cumpriu o sonho de qualquer surfista e foi captado pela lente de Ricardo Bravo. In Surf Portugal nº 181, pág. 67 (Fevereiro de 2008) Agradecimento: Ricardo Leopoldo
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Luís Chaves
No livro HISTÓRIA DO SURF EM PORTUGAL, coordenado por João Moraes Rocha, vem na página 74, no capítulo dedicado à HISTÓRIA DO SURF EM PENICHE, o seguinte: O primeiro verdadeiro surfista de Peniche foi o LUÍS CHAVES, que iniciou a sua prática em 1973, na Praia do Molhe Leste e nos Supertubos, embora a sua participação em campeonatos nacionais e internacionais se tenha feito só na qualidade de júri. Faltou acrescentar, que possivelmente, teria sido o primeiro português a jurar sob a égide da ASP (Association of Surfing Professionals), o órgão que gere o surf a nível mundial, tendo inclusivamente sido convidado a integrar o painel permanente de júris daquele organismo, para correr o circuito mundial. Fica então o cartão de LUÍS CHAVES ROSÁRIO DIAS, membro oficial da ASP, nº 910655. Apresenta como data de validade, 31 de Dezembro de 1991. Expirou portanto há 22 anos. Na Surf Portugal, nº 179, última edição de 2007, ano em que terminou o “ranking” na décima primeira posição, a capa é de Nuno Silva, numa onda nos Supertubos. Lá dentro ainda mais dois, Ricardo Leopoldo no paraíso indonésio e Pedro “Kid” Marques no paraíso penicheiro. In Surf Portugal nº 179, págs. 79, 83 e 101 (Dezembro de 2007) Neste dia, as gaivotas não paravam de fazer razias às ondas e aos surfistas, subindo depois a pique para outro plano de observação, que não deixamos de invejar. Quanto a nós, ficamos com este, Nuno Silva faz as honras da casa, Supertubos. Já longe do campo base, Ricardo Leopoldo prepara-se para atingir um dos objetivos mais desejados pelos surfistas de todo o mundo: a conquista do pico HT’s. “Epá, o Nuninho (Silva) começou a dizer vai, vai, vai e o Ricardo (Bravo) começou aos berros e… fui! Estava contra a luz e não via quase nada à minha frente, tirando a caixa estanque do fotógrafo.“ Pedro Kid, apanhado em flagrante condução cega nos túneis aquáticos de Supertubos. Ranking Open Masculino
1º - José Gregório – 4482 2º - João Antunes – 4150 3º - Nicolau Von Rupp – 4140 4º - Ruben Gonzalez – 3984 5º - João Guedes – 3954 ----------- 11º - Nuno Silva - 3030 Agradecimento: Ricardo Leopoldo Recentemente no site da Surf Portugal, uma notícia referia a recuperação por parte da empresa de audiovisuais Linha Visual, formada no rescaldo do fim do programa de televisão Portugal Radical, do arquivo em vídeo do referido programa, para posteriormente disponibilizar esse acervo ao público. No vídeo disponibilizado junto da notícia, intitulado TOP NACIONAL 1993/94, não pudemos deixar de reparar que o surf penicheiro marca presença, e lá estão os júris LUÍS CHAVES e MICHEL COUTRIER, conforme documentado nas duas fotos que retirámos do mesmo. Refira-se ainda que Luís Chaves foi o primeiro português a jurar sob a égide da ASP, no então circuito WCT, tendo sido inclusivamente convidado por este organismo para integrar o painel de juízes que correria o circuito mundial, o que infelizmente não se veio a efectivar.
Capa SP, Nº 178
Na Surf Portugal, nº 178, na reportagem sobre o Rip Curl Pro, etapa do Nacional Open, mais uma vez a prova cabal de que nós temos aquilo que os outros não têm, ondas de qualidade, qualquer que seja o quadrante do qual o swell entre ou o vento sopre. Não existe outro lugar em Portugal como Peniche para fazer campeonatos, pelo menos do ponto de vista daqueles que gostam de fazer e ver surf de qualidade. In Surf Portugal nº 178, págs. 102 a 104 e 109 (Novembro de 2007) NICOLAU VON RUPP VENCE RIP CURL PRO EM CONDIÇÕES CLÁSSICAS… … Nicolau Von Rupp, voltou à carga em Peniche, num Rip Curl Pro que, fazendo jus ao espírito “The Search”, aplicou o conceito de mobilidade à prática e, como habitualmente em Peniche, não desiludiu ninguém, usando e abusando de toda a qualidade (desta vez) da costa Norte de Peniche. Ondas poderosas de quase metro e meio, penteadas por um off-shore persistente fizeram do Pico da Mota o cenário para uma grande final… Apesar de ter tido um início com ondas muito suaves num dia solarengo no Lagido, a previsão para o fim-de-semana apontava para a entrada de uma ondulação para Domingo das finais. O vento sul que fechou o tempo em tons cinzentos impediu desta vez as visitas a Supertubos. Mas se no Sábado a escassa ondulação obrigou o campeonato a fixar-se no Pico da Mota, no Domingo os bons fundos deste beachbreak tornaram-no na mais óbvia das soluções – uma La Graviére com sotaque penicheiro da qual ninguém se queixou. …
RANKING NACIONAL MASCULINO 1º - José Gregório – 4216 2º - Nicolau Von Rupp – 4040 3º - João Guedes – 3832 … 10º NUNO SILVA – 2880 ... Agradecimento: Ricardo Leopoldo
Capa SP, Nº 177
Na revista Surf Portugal, nº 177, três surfistas penicheiros, Acácio “Lelé” Grandela, Ricardo Leopoldo e Hugo Amado, nas ondas da sua vida. A matéria da responsabilidade de João Valente, com fotografias de André Carvalhão no Parque Aquático das Mentawai. In Surf Portugal nº 177, págs. 56 a 71 (Outubro de 2007) IMPACTO PROFUNDO "Vamos lá pessoal, isto são as ondas da vida de um gajo!" Até pouco antes deste ponto a coisa parece mais ou menos inofensiva, mas quando a água começa a subir pela parede e a secar o reef mesmo debaixo da prancha é que convém lembrar que a bancada de inside de HT's tem o curioso nome de 'Mesa do Cirugião'. Ricardo Leopoldo muito pouco interessado em descobrir se a alcunha é ou não justificada. Agradecimento: Ricardo Leopoldo
CAMPEONATO INTERNACIONAL DE SURF 1985 NOVOS DADOS (12/02/2013) Chegou-nos entretanto mais um interessante registo sobre este campeonato. Na Voz do Mar de 17 de Outubro de 1985, em pequena nota, podemos entre outros pormenores destacar que as inscrições eram de 700$00 para surf e 500$00 para bodyboard, cerca de 3,50€ e 2,50€ na moeda actual, respectivamente. É interessante também a referência ao Centro Comercial. Na altura o único existente era o Centro Comercial Quarto Crescente, situado na Rua João Matos Bilhau. Esta referência prende-se com o facto de a primeira “surf shop” existente em Peniche, estar situada precisamente nesse edifício, a Pitau Surf Shop, e seria aí que se fariam as inscrições para a prova. Agradecimento: Luísa Inês ______________________________________________ Foi nos dias 1, 2 e 3 de Novembro de 1985, que João Pata, Vasco Mensurado e Luís Chaves, organizaram o segundo evento de cariz internacional de surf em Peniche. O CAMPEONATO INTERNACIONAL DE SURF, de 1985, passou na altura por três praias, tendo começado no Molhe Leste, foi depois até aos Supertubos e terminou no Cerro com a vitória de um surfista da África do Sul. Teve ainda na altura algum impacto mediático, com a RTP 2 a deslocar uma equipa de filmagem até Peniche. Na altura pelo que se pode observar pelo cartaz e t-shirts, teve os apoios do pelouro do desporto da Câmara Municipal de Peniche, Waterline, Pitau Surf Shop e Tuborg Beer. Agradecimentos: Cristina Ferreira e Nuno Cativo
Capa SP, nº 173 Na rubrica ANTENA ASP da Surf Portugal nº 173, os vinte anos do Rip Curl Pro, na altura um EPSA, onde mais uma vez as ondas de Peniche não desiludiram. In Surf Portugal nº 173, págs. 94 a 100 (Junho de 2007) MARLON LIPKE REGRESSA ÀS VITÓRIAS NOS 20 ANOS DO RIP CURL PRO … Rip Curl Pro, que este ano celebrava 20 anos de um evento de sucesso, resultado da quase mítica associação Rip Curl-Peniche. … … o local Nuno Silva, Luís Castanheira, Miguel Ximenez e David Luís, todos eles com apontamentos de valor a espaços durante o campeonato. … Depois de um começo morno no Lagido, o segundo dia amanheceu com Supertubos a fazer jus ao superlativo: Super e perfeito. Como cereja no topo do bolo e para terminar um dia de belas ondas, assistimos ainda a um excelente festival de música, onde actuaram os Voodoo Marmalade, os Three And A Quarter, e os penichenses Dapunksportif, que elevou em qualidade a celebração dos vinte anos do Rip Curl Pro. Um pequeno parágrafo para o berço deste campeonato, Peniche, auto-proclamada pela autarquia local como a “capital da onda”. Em boa verdade, esta é uma das poucas autarquias do país que consegue integrar de uma maneira harmoniosa a palavra “surf” no léxico da sua política, procurando valorizar a terra e o seu potencial surfístico, chamando surfistas, potenciais quadros médios e superiores, que vão enriquecer em patrocínio humano, técnico e social a região. Em Peniche parece fazer-se qualquer coisa que diverge da moda muito efémera de usar o surf e as ondas mas sem dar nada em troca. Um raro e salutar caso, que é para aplaudir. E que melhor tem Peniche para oferecer qua as suas ondas? Uma península que dá garantia de qualidade face a quase todas as condições de vento e swell. Bem organizado, qualquer campeonato aqui é garantia de sucesso. Em determinadas alturas do ano, até se pode dizer que aqui calharia muito bem um daqueles campeonatos com 10 dias de espera… Mas antes de chegar a esses campeonatos maravilha, palavra para este. Com as óptimas ondas de Sábado, o show de surf foi garantidíssimo, filtrando os melhores para o último dia, quando o mar amanheceu mais pequeno, mas não com menos qualidade, com longas esquerdas a desembrulharem-se para dentro da baía.
… Suspense na praia, enquanto Lipke e Pablo saíam da água e trocavam cumprimentos. Mas o 7,17 do espanhol não chegou e permitiu a Lipke e ao seu orgulhoso “coração português”, como fez questão de salientar, explodir de alegria, bem como a praia, que aplaudiu a vitória de um dos seus, encerrando da melhor maneira este Surf & Music Festival. Parabéns a ele e ao Rip Curl Pro. Agradecimento: Ricardo Leopoldo I TORNEIO INTERNACIONAL DE SURF Faz hoje, dia 27 de Novembro de 2012 precisamente 35 anos que terminou o primeiro campeonato internacional de surf em águas lusas, que na altura foi denominado de I TORNEIO INTERNACIONAL DE SURF, e decorreu precisamente na Capital da Onda em Novembro de 1977. O jornal a VOZ DO MAR, no seu número 497, de 3 de Novembro de 1977, apresentava assim num destaque de primeira página, o surf aos seus leitores: “PROVAS INTERNACIONAIS DE SURF EM PENICHE Com a presença de praticantes de projecção mundial dentro desta modalidade, Peniche será, no próximo dia 20, cenário de diversas provas internacionais de surf, cuja realização se deve aos esforços conjugados da Câmara Municipal de Peniche, da Comissão Municipal de Turismo e da Federação Nacional de Surf. Desporto que nos oferece imagens de rara beleza e espectacularidade, as respectivas provas serão distribuídas pelos seguintes grupos etários: Juvenis (até 17 anos de idade), Júniores (até 21 anos) e seniores (mais de 21 anos). Esta é pois, mais uma relevante presença de Peniche no âmbito do desporto nacional e internacional.” O livro HISTÓRIA DO SURF EM PORTUGAL – AS ORIGENS, coordenado por João Moraes Rocha, refere ainda pelo menos mais três notícias sobre este primeiro campeonato internacional de surf em Portugal, nomeadamente no jornal A LUTA, nas suas edições de 17 e 22 de Novembro, e ainda de 7 de Dezembro. É referido ainda numa passagem de texto de João Moraes Rocha sobre este evento, o seguinte: “Neste campeonato, esteve presente muito público local, que mostrava grande interesse pelo surf, ou não fosse Peniche uma zona piscatória e, portanto, com especial interesse pelo mar.” (pág. 190) Na sua edição de 1 de Dezembro, a VOZ DO MAR, publica ainda mais uma nota, onde a determinada altura se pode ler: “Talvez, quem sabe, seja mesmo Peniche a aparecer com o primeiro clube de surf em português já que, para isso, conta com duas condições fundamentais: a existência já de um certo número de jovens a praticar este desporto e o facto de ser esta uma das melhores zonas a nível mundial com melhores características para a sua prática.” A respeito destas linhas, a primeira condição não se concretizou, no entanto a segunda acabaria pouco mais de trinta anos depois, por ser reconhecida pelas mais altas instâncias do surf mundial, com a realização da primeira prova do “World Tour” em Peniche. E termina: “Uma palavra de simpatia é devida também aos participantes de Peniche e concelho, cuja actuação foi bastante meritória, com especial relevo para o jovem Baltazar, de Atouguia.” Passados trinta e cinco anos, o testemunho na primeira pessoa de quem participou neste histórico evento para o surf português, Nuno Almeida Baltazar, o tal “jovem Baltazar, de Atouguia”, que o recorda assim: “Estava marcado o 1º Campeonato Internacional de Peniche e contou mais uma vez com o entusiamo do João Rocha. A finalidade era entrar no Campeonato e divertir-me. Eu e o meu irmão Duarte fomos acampar para o Parque de Campismo de Peniche, numa tenda familiar de três divisões que pertencia ao Rui Vala. Entretanto começam a aparecer outros surfistas portugueses que já tínhamos conhecido aquando da realização do 1º Campeonato (nacional) em Ribeiras d’ Ilhas em Maio desse mesmo ano. Depois do convívio, quando nos preparávamos para irmos dormir e quando já estava tudo sossegado, apareceu um dos irmãos Inocentes, o Luís, que tinha vindo para o campeonato à boleia, com apenas um recipiente com café com leite, que segundo ele era para partilhar com quem lhe desse qualquer coisa para comer. No dia 20 de Novembro deu-se início às primeiras provas eliminatórias entre os portugueses. Estava um dia de vento sul bastante forte e o único sítio onde havia ondas era a meio da baia, onde se disputaram os Juvenis e os Juniores. A minha prancha na altura era uma Bilbo “single fin” com bastante flutuação o que com o vento que estava, permitia mais facilmente apanhar as ondas. Nestas categorias as classificações foram, em Juvenis: 1º Lugar, Quico Rocha; 2º lugar, Paulo Inocentes; 3º lugar, Ivo Cruz. Em Juniores o 1º lugar foi para o Tó-Pê Rocha; o segundo para mim, e em terceiro ficou o João Inocentes. Devido às condições do tempo, o campeonato ficou adiado, e acabou por se realizar no domingo seguinte, dia 27 de Novembro no Molhe Leste, onde se apuram os três seniores, em 1º lugar ficou o João Rocha; em segundo o Manuel Cruz e em terceiro o Nuno Jonet. Deu-se então início ao Internacional onde entraram os nove portugueses apurados nas três categorias, e doze surfistas estrangeiros, entre eles Bruce Palmer, que já tinha ganho três títulos de campeão europeu e ganhou também este Campeonato, tendo o segundo lugar ido para o Tó-Pê Rocha. Fiquei muito contente, porque no segundo campeonato organizado em Portugal, e ainda por cima em Peniche, concelho onde nasci, morava e surfava, tinha conseguido um segundo lugar nacional e tinha recebido das mãos do Presidente da Câmara (o Sr. Luís Almeida) a medalha correspondente.” Aqui fica esta pequena homenagem a todos aqueles que organizaram e participaram neste primeiro evento internacional, embrião das provas internacionais que agora por cá se realizam.
Peniche, foi, é, e continuará a ser, uma referência no surf português. Agradecimentos: Nuno Baltazar, Luísa Inês e Miguel Taveira |
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