Escrito por: Daniel Fonseca Fotos: Miguel "MTN" Nunes Dia 7 de Agosto parti para Puerto Escondido onde me juntei a um grupo de jovens bodyboarders, Bernardo e Pedro Machado, Francisco Bessone, Pedro Neto silva, Gonçalo Pinheiro e o fotografo MTN. Fazer a viajem sozinho é uma experiência nova para mim. Sinto que é mais difícil pois não temos ninguém com quem podemos falar de tudo. Sejam problemas ou simples dúvidas que vão surgindo a cada escala. Faz falta ter alguém com quem confirmar coisas simples. Confirmava várias vezes comigo mesmo e ainda assim ficava a pensar se está tudo certinho. Como não se fala quase nada, temos tempo para pensar mais e observar cuidadosamente os detalhes. Depois de muitas horas de voo lá cheguei a este paraíso por volta das 6 da tarde. Assim que sai do avião um bafo quente percorreu o meu corpo. Não havia nenhuma parte de mim que não suasse. Apanhamos um táxi. E na viagem deparei-me com uma aldeia piscatória bem desenvolvida. Um misto de Peniche com Indonésia e um toque bastante latino. O caótico trânsito das estradas contrasta com a calma do povo de Puerto. Estou hospedado numa casa brutal na marginal de Zicatela, a praia com as melhores ondas do México, tem uma vista linda sobre as ondas. Demoro um minuto a chegar à praia e ainda dou um mergulho na piscina a caminho. Quando cheguei estava um final de tarde de ondas pequenas e “on-shore” em Zicatela. Estava morto da viagem mas decidi entrar. Se estava com calor cá fora quando entrei na água foi como se tivesse entrado numa sopa ao lume. Na primeira remada fiquei sem fôlego. Fiz uma e fui descansar. O primeiro jantar foi num restaurante na praia, pé na areia literalmente. Seguimos um conselho que ouvimos em Portugal e pedimos uma "hamburguesa de pescado". Eu acompanhei com um sumo de papaia e os tradicionais "nachos" com feijão de entrada. Isto por um preço de 65 pesos, mais ou menos 4 euros e meio. Nas primeiras semanas o mar esteve pequeno, pelo que, surfamos bastante Punta Colorada. Um “shore break” com muita força, com triângulos perfeitos. Agora nestes dois dias entrou um “swell” perfeito. Umas bombas que chegaram aos 3 metros. É praticamente impossível apanhar boas ondas de manhã devido ao “crowd” absurdo. Mas com sorte faz-se a onda da vida. Vi ondas impressionantes, três metros, com a cor perfeita e um “off-Shore” de sonho. Ondas com uma perfeição que não consigo tirar da minha cabeça. Não é previsto o “swell” abrandar muito. Quero aproveitar esta viagem ao máximo. Este é um sítio único.
Boas ondas
0 Comentários
Seu comentário será publicado após ser aprovado.
Enviar uma resposta. |
|