Escrito por: José Miguel Nunes Fará no próximo mês cinco anos que iniciei este este blogue. Antes disso escrevi no Jornal de Peniche on-line durante quatro anos, e ainda antes, num outro blogue durante sensivelmente dois anos. Ao longo deste tempo por várias vezes fui pressionado relativamente ao que escrevo, várias vezes criticado, e felizmente, algumas vezes elogiado. É assim que se joga este jogo das opiniões. Nenhum problema relativamente a isso, bem pelo contrário, pois tenho a firme convicção que todas as criticas são bem vindas, todas as opiniões são válidas, desde que cumpram um pressuposto essencial, que sejam fundamentadas. Mentiria se dissesse que as criticas não me afetam, tanto as negativas como as positivas. Mentiria se dissesse que não me sinto orgulhoso pelas positivas e triste pelas negativas. Relativamente às pressões, também estas tiveram influência em mim, mas neste caso, e felizmente, com o resultado inverso aos seus propósitos, ou seja, redobraram o ânimo para continuar. Algumas vezes senti mágoa, não seria verdadeiro se não o assumisse, é normal que isso aconteça quando a crítica é negativa, como diz o velho ditado, quem não se sente não é filho de boa gente. Como consequência, debatem-se pontos de vista, esgrimem-se posições, e de uma forma ou de outra encaixa-se o resultado. Em determinadas situações analisando a origem dos comentários, quando possível, conseguia-se perceber o verdadeiro alcance dos mesmos, a sua profundidade e os seus objetivos, o que nunca chegou para me fazer sentir desapontado, pois mais coisa, menos coisa, era o que se esperava. Ultimamente tenho-me dedicado a outro tipo de escrita, menos de opinião, mais científica, baseada em estudo e análise estatística, suportada por bibliografia, conceitos, fórmulas, num trabalho conjunto com pessoas que muito me orgulham em me aceitarem como parceiro de estudos. É uma escrita muito mais elaborada, técnica, requer muita informação, muitas horas de pesquisa. Não se baseia nem em perceções, nem em experiencia pessoal e muito menos em opiniões, daí que me tenha ocorrido que se até agora não tinha ainda sentido o amargo sabor da desilusão por escrever sobre surf, que não seria agora que o iria sentir. Esta perceção, por assim dizê-lo, baseava-se em algo muito simples, os números são o que são, estão lá, não enganam, quer se goste, quer não se goste do resultado. Erro crasso da minha parte. A vida realmente é uma aprendizagem constante. E foi precisamente nesta escrita em que a subjetividade escasseia e a opinião pessoal não conta, que acabei por me desiludir, não com as críticas, não com a escrita, não com os números, mas com as pessoas.
1 Comentário
Marqy
14/6/2016 22:02:54
Grande abraço Zé. Força!
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Dezembro 2016
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