Escrito por: Nuno Cativo O “crowd” está a matar o Surf na sua essência. Uma das soluções é instalar esta tecnologia em países que não têm ondas boas e que têm dinheiro para gastar, senão, qualquer dia isto parece os filmes do MAD MAX! Quanto às escolas de surf, não tenho nada contra. Penso que contribuem para a economia local e dão emprego a muita gente, mas..., a meu ver, e para bem de quem exerce esta atividade de forma profissional e conscienciosa, terão que se organizar e estabelecer regras muito claras e acima de tudo cumpri-las. Em primeiro lugar, delimitar para cada área geográfica, um número limite de escolas que podem operar. Também se deviam delimitar áreas específicas para as escolas, consoante o nível de cada "turma" de formandos, bem como, definir áreas interditas, por questões de segurança. Ondas como os Supertubos, Molhe Leste, Lagido e outras não se compadecem com a mistura de escolas de surf com “fresurfers” que estão a surfar essas ondas. Podemos fazer um paralelismo com o Ski, onde existem pistas para cada nível e onde não se põem iniciantes em pistas pretas. Os monitores deveriam ter instruções claras por parte de quem os coordena, de modo a evitar estas situações e, muitas vezes, o que vemos é o contrário. Agora vou pôr o dedo na ferida, mas tem mesmo que ser, há monitores que levam os formandos para os picos onde estão a dar ondas que, claramente têm um grau de dificuldade superior, não adequado aos formandos que estão a ensinar. Apenas querem fazer umas ondas. O espirito do surf não é isto. Por mim, não quero ir surfar para me estar constantemente a aborrecer. Amigos das escolas de surf, penso que estão a matar a vossa galinha dos ovos de ouro, porque a corrosão vai vir de dentro para fora. Quando estão a anunciar nos vossos “sites” ondas sem “crowd” já estão a faltar à verdade. Também temos vindo a assistir a cenas altamente escabrosas de assaltos com violência e um grande aumento da insegurança principalmente na área do Baleal. Não se esqueçam que as pessoas que nos visitam são, na sua grande maioria, de países mais organizados que nós, e que para a próxima podem pensar duas vezes em voltar. Todas as actividades têm que ser sustentadas senão destroem-se a elas próprias e penso que os primeiros sinais ficaram bem à vista este verão. Respeitem os locais, porque já estamos a ficar com pouca paciência e assim é difícil para todos. ORGANIZEM-SE. CLUBE DE SURF DE PENICHE -> PODE TER UM PAPEL MUITO IMPORTANTE NESTA MATÉRIA.
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Novembro 2016
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