Escrito por: Guilherme Fonseca Já estou em Portugal, mas ainda em viagem com o meu irmão desde Lisboa. É uma boa altura para falar um pouco sobre a minha prestação no campeonato em Sopelana. No dia do “lay-day”, aproveitei para fazer o que é suposto fazer num dia de “lay-day”, relaxar. Na hora da deita estava a sentir-me muito bem, cheio de vontade, vai daí, preparei a minha maior prancha, pois as previsões apontavam para uma subida significativa do mar e pus o despertador para as 6:10 da manhã. Assim podia tomar o pequeno-almoço com calma, vestir o fato tranquilamente e ir mandar uma surfada matinal. O “check-in” estava marcado para as 7:30h e início do campeonato para as 8:00h. Eu era o primeiro “heat”, portanto como previsto, ainda tive tempo de fazer uma surfadinha de 40 minutos antes do campeonato. Estava um dia frio, chuvoso e ventoso. Ainda meio de noite fui para a praia e fiz um bom aquecimento para preparar o corpo, eram 6:40h da manhã. As ondas estavam com cerca de 1 metro no “outside”, maré toda vazia a encher e um “onshore” tramado. Fui o segundo surfista a entrar na água.
O objectivo era escolher o melhor pico para competir. Havia duas opções, ou ir lá para fora apanhar as maiores e desordenadas ou ficar nos “reforms” do “inside”. Decidi que ia fazer o meu “heat” no “outside”, pois mais valia mandar uma ou duas manobras lá fora do que cinquenta manobras no “inside”. Saí da água seriam aí umas 7:20h. Tomei um banhinho, alonguei e fui para a praia. Vesti o fato, fui buscar a licra, ouvi as últimas indicações do meu treinador e lá fui eu para o meu “heat” do “round” três. Correu bem, fiz um 7,50 basicamente só com uma manobra de “backside” no buraco numa onda grande e um 6,87 numa onda bem trabalhada de “backside”. Percebi que os juízes queriam ver qualidade e não quantidade. Saí do “heat” contente, a escolha pelo “outside” foi a melhor. Tirei a licra e fui para casa descansar. Comi qualquer coisita, dormi uma horinha e fiquei um pouco a “chillar” no sofá à volta das redes sociais, é aquele “vício mel”. Venha o “round” quatro. Fui até à praia, já estava maré cheia. O mar estava mais mole, mas com força. Meti os ‘fones’ para ouvir uma musiquinha, vesti o fato, licra, ouvi o meu treinador e bora lá pró “heat”. Tenho optado por não ver com quem vou nos “heats”, tenho-me preocupado só no meu surf e em fazer boas opções durante as baterias, o que tem contribuído muito para uma melhor performance, pois não tenho pressão... apenas vou competir e divertir me. Continuando, passei em segundo com um “score” de 11,17 pts. Surfei bem para as ondas que apanhei, que não tinham lá muito potencial, no entanto senti que podia ter dado um pouco mais. Fiz exatamente a mesma coisa, casa, descansar e voltar para a praia, tem sido a minha rotina entre baterias. Estava nos quartos-de-final de quatro atletas, e posso dizer que me sentia bastante confiante com meu surf. Infelizmente neste “heat” perdi em terceiro lugar, não consegui apanhar ondas boas e foi esse o principal erro. Saí da água na boa, mas triste, pois sabia que tinha errado e que os outros atletas tinham surfado bem. Falei com o meu treinador sobre o que correu mal e o que se podia melhorar no próximo campeonato. Cabeça para a frente e continuar a treinar, que a seguir é para rebentar com os franceses em Lacanau, sempre a aprender é o lema. Agora é tempo de aproveitar estas duas semanas em Portugal. Surfar o máximo e aproveitar o conforto de casa. Obrigado a todos pelo apoio. Ate lá
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