Escrito por: Guilherme Fonserca Lanzarote foi um campeonato bom para mim. Porquê? Bem, apesar de ter perdido nos oitavos de final, o que foi mau, foi um campeonato que me deu muita confiança e motivação para continuar a trabalhar e a evoluir com vista às próximas competições. Lanzarote é uma ilha linda, o clima é muito quente e seco, solo vulcânico e grandes montanhas, faz-me lembrar um pouco o ambiente lunar, só que tem ondas… ahahah, água quente, “reefs” perfeitos e não existe quase vivalma. A rotina era sempre igual, acordar, alongar e ir comer um “bocadilho de ramon serrano”. Só vos digo, alto queijinho, tomate, orégãos e azeite. O melhor “bocadilho” de sempre, apenas tirar um pão (baguete) e esperar que a senhora do supermercado o fizesse, e só custava 1,80 €. Depois do pequeno almoço ir surfar para adaptar o corpo e de seguida competir!! O restaurante era o do costume, "ClandestinoSurfBar", aaaaaaltas pizzas e saladas por preços muito fixes. Estávamos numa casa grande, com espaço e tínhamos “wifii”, altas condições...
Falando agora do campeonato e da minha prestação. Primeiro “heat”, “round” dois: o mar estava incrível, ondas com cerca de metro e meio sem vento, esquerdas compridas de chorar por mais. Trinta minutos de “heat” era o que tinha para mostrar o meu surf. Correu muito bem, fiz o melhor “score” do campeonato, um total de 17 pontos. Apanhei ondas boas, manobras com qualidade e velocidade de “backside”. Foi daqueles dias em que tudo correu bem, e ainda deu para mandar uma surfadinha no final de tarde em frente a casa, na Playa de Famara, um “beach-break” quase igual ao cantinho da baía. Segundo dia, as condições mudaram, o mar estava a rondar o meio metrão, “onshore”. Não correu bem, as melhores ondas estavam tramadas de encontrar e foi esse o factor que me fez perder. Até não surfei mal para as ondas de porcaria que apanhei, mas não foi suficiente. Aprendi que para a próxima tenho de ter mais calma em escolher as ondas. No resto dos dias aproveitei para surfar e ver o campeonato. Daqui a duas semanas vou para a Califórnia representar Portugal no ISA World Juniores. É o meu último ano como júnior, vou dar tudo e defender o melhor que puder as cores do meu país. Agora só tenho de me preocupar em surfar, treinar, treinar e… treinar. Vamos lá aproveitar e dar tudo para ser alguém no mundo do surf. Haverá melhor vida? Até á próxima.
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