a casa, sinto que consegui aprender e ganhar mais bases para poder ser um surfista profissional. Foi um mês de puro surf e visualização de surf ao melhor nível. Aqui vêem-se surfistas de todos os níveis, desde iniciados a surfistas de topo. O surf é altíssimo tanto em competição como no “freesurf”. Muito sinceramente sinto-me como “quase nada”, pois há tanta gente na água com um nível incrível. Nas primeiras semanas tive dificuldade em apurar tecnicamente o meu surf e as coisas sinceramente não estavam a correr muito bem, mas nestas últimas semanas fiquei mais satisfeito com o meu surf e consegui melhorar os aspetos a que me propus melhorar. O Tiago, o Kikas, o Vasco, o Miguel e o Jácome eram os surfistas portugueses que estavam no Havai, e foram uma excelente companhia durante este tempo. O Nuno Telmo teve a paciência de me filmar, treinar e aturar em casa… ahah… foi uma grande ajuda para mim nesta viagem. Falando agora um pouco do dia-a-dia no Havai. O meu dia consistia em acordar por volta das 6:30/7:00h da manhã e surfar em média 2 a 3 vezes por dia. As ondas em que mais surfei foi Haleiwa e Rocky Point. Haleiwa é uma direita muito “power”, que obriga a ter pranchas médias e surf com uma linha de “bottum to top”. A maior parte das vezes usei uma 6,2. Rocky Point, direitas muito divertidas e com “power”, normalmente a prancha que usava era a 5,8, nos dias maiores entrava de 6,2. É uma excelente onda para ganhar linha de surf. Este ano não estive muito focado em ondas tubulares pois não é o que preciso mais neste momento e o plano não passou por aí, o meu objetivo era mesmo melhorar o meu surf de “rail” para as direitas. Surfei também em Sunset Beach, uma onda super difícil, cheia e potente, que te obriga a usar bem o “rail” e a ter linha de onda. Usei quase sempre a minha 6,4 e muito poucas vezes usei a 6,8. O nível dentro de água é muito, muito bom. Basicamente surfei com o pessoal dos QS 10000 e com “freesurfers” como o Dane Reynolds e o Jamie O’brien. Levei com uma dose de surf que foi bom para cair na realidade e acordar, pois apesar de termos muito bons surfistas, e na minha opinião, dos melhores dos “Prime” como o Vasco e o Kikas, o nível geral em Portugal ainda está baixo a comparar com o que vi aqui no Havai. A vida é extremamente cara por aqui. Optei por comprar comida no supermercado e comer a maior parte das vezes em casa, mas mesmo assim é tudo caríssimo. Nos dias em que o Vasco ia competir, surfava menos, focava-me mais em ver o campeonato e dar o meu apoio aos portugueses em competição. Desta viagem guardei a imagem do que é bom surf e o que tenho de fazer para ser alguém na vida do surf. Foi uma viagem muito positiva e só posso estar contente por isso. É hora de voltar a casa. O treino vai ter uma continuação e vou dar tudo para entrar forte no próximo ano.
Arrancaaaaa!!!
1 Comentário
Alexandre
15/12/2015 12:47:26
Muito bem miúdo! Realista, com os pés no chão. É preciso muito trabalho e humildade. Tas no bom caminho! Abraço. Peixe
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