Foto: PPSC / André Delgado Foram recentemente colocados, à semelhança do que já tinha acontecido no estacionamento à entrada de Peniche, pórticos de restrição à entrada no estacionamento do Lagido, Baleal. É uma medida obviamente direcionada para as autocaravanas, que assentam arraiais e fazem de um estacionamento publico, uma vivenda com vista para o mar, são avançados, pranchas, mesas, cadeiras, fogões, estendal da roupa, etc, etc, etc… 'Abancam' por lá os dias que querem, como querem, e é vê-los sentadinhos nas suas cadeiras a apreciar a vista magnífica que aquela paisagem proporciona, como se do seu quintal se tratasse, e quem por lá passa tem que andar quase em gincana pelo meio daquela ‘tracalhada’ toda para poder também usufruir da bela paisagem, ou então, a única coisa que vê, é a parte de trás de uma caravana e um par de cuecas penduradas. Antes de mais, que fique bem claro, concordo plenamente com esta medida, independentemente do impacto paisagístico da “coisa”, e vou até mais longe, deveria ser estendida a outros locais, como por exemplo, o outro lado do estacionamento, virado para o Cantinho, e até na entrada da estrada que dá acesso aos Supertubos. No entanto só isto não chega, e se ficarmos só pela colocação dos ditos pórticos, retiro imediatamente tudo o que disse em cima. Não basta proibir e restringir, é absolutamente necessário que se criem zonas adequadas para que os autocaravanistas possam estar, e que para lá sejam redirecionados pelas autoridades competentes. Não se pode na minha opinião, simplesmente proibir e não proporcionar alternativas. Senão vejamos, restringe-se agora no Lagido, e muito bem, vão para o Cantinho, o aglomerado vai ser ainda maior, não tarda muito vamos restringir no Cantinho, e muito bem, mas vamos mandá-los para onde? Esta é que é a grande questão relativamente a uma medida, que até é, no meu entender, bastante positiva. É urgente que se criem parques de raiz para as autocaravanas, com as condições necessárias para as suas necessidades, bem como melhorar as existentes no Parque de Campismo Municipal, e só assim uma medida destas faz sentido, e mais, que seja acompanhada, de legislação municipal adequada que a suporte. Depois de criar condições alternativas, então sim, já podemos dizer com alguma propriedade: quem quer andar com a casa às costas, que a ponha onde não prejudica os outros.
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Novembro 2016
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