Escrevi sensivelmente há ano e meio, ainda no extinto Jornal de Peniche Online, dois artigos sobre a verdadeira miséria em termos ambientais, que é a foz do Rio de S. Domingos na Praia do Molhe Leste. De lá para cá, nada mudou, absolutamente nada, a miséria continua a mesma. É verdadeiramente vergonhoso que num município que faz eco da sua preocupação ambiental, permita que em pleno século vinte e um, exista a escassos metros da onda rainha da Capital da Onda, e em frente a uma das melhores ondas de Peniche, este verdadeiro cancro ambiental, foco de bactérias e potenciador de inúmeras doenças. É verdadeiramente vergonhoso que em Plena Capital da Onda, os surfistas tenham de colocar em risco durante todo o ano a sua saúde, para usufruírem de uma das melhores ondas de Peniche. É verdadeiramente vergonhoso que se faça a promoção desta praia no Guia de Surf elaborado pela Câmara Municipal de Peniche, e disponível no seu “site” oficial, não informando os potenciais utilizadores da possibilidade de ficarem doentes se ali fizerem surf. É verdadeiramente vergonhoso o estado em que se encontrava a Praia do Molhe Leste no passado dia 21 de Agosto de 2012.
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Escrito por: Edgar Henriqeus Decorreu no passado fim-de-semana em Ribeira de Ilhas a primeira etapa do Rip Curl Grom Search, by Posca, uma das 12 etapas que a marca Rip Curl planeou realizar em 2012, em quatro países europeus, nomeadamente França, Reino Unido, Espanha e Portugal. É de salientar o esforço desta marca na realização deste evento europeu, que irá culminar com a final europeia a realizar em Peniche durante o mês de outubro de 2012. Este evento permite aos jovens surfistas nacionais, desenvolver o surf na vertente competitiva e consequentemente melhorar o seu nível, bem como conviver com outros surfistas, juízes e público. É de realçar o facto, que o somatório dos pontos obtidos na etapa da Ericeira, conjuntamente com aqueles que podem vir a obter na etapa da Caparica, dão aos dois melhores classificados do escalão sub 16, masculinos e femininos, o prémio de participação na tão desejada final europeia de Peniche. Sendo que este prémio serve de incentivo aos jovens atletas em busca de uma das vagas do referido evento. Depois de realizada a primeira etapa, será de avaliar aquilo que se passou em Ribeira de Ilhas naquilo que diz respeito ao evento nas suas mais diversas vertentes. Vejamos então no que diz respeito à data do evento, esta foi inicialmente planeada e divulgada, e depois foi alterada, desconheço o motivo, mas acredito que foi em benefício dos atletas e na busca de melhores condições de organização. A divulgação do evento foi bem executada, pois esta chegou com facilidade aos atletas, através dos websites informativos na área do surf, esta permitiu aos atletas ficarem a par dos procedimentos necessários para participarem no evento. A prova, foi homologada pela FPS, cujas inscrições foram realizadas no seu website, estas decorreram desde o início de agosto até ao dia 15 de agosto. Segundo este facto, para um atleta se inscrever no evento teria obrigatoriamente de ser federado na FPS, sendo que atletas não federados na nossa federação não poderiam participar na prova. Depois de fechadas as inscrições, empresa ou clube responsáveis pela organização técnica do evento, delinearam as baterias de cada escalão e divulgaram por e-mail para os participantes, um ou dois dias antes do inicio da prova. No que diz respeito ao regulamento ou regras deste evento, não foram disponibilizados aos participantes, bem como o valor a pagar pelas inscrições. No dia da prova quando se realizou o chek in, foi solicitado aos atletas o Cartão de Atleta da FPS, e o pagamento de 15,00 euros. Processo semelhante ao que é realizado nas provas do Campeonato Nacional de Surf de Esperanças, o que me levou a deduzir que os regulamentos seriam os da FPS. Depois do Chek-In, foram colocados num placard os heats dos diversos escalões (sub 12, 14, 16 Masc. e Sub 16 Fem.), ai constatei que os atletas masculinos dos escalões sub12 e sub 14, poderiam participar no seu escalão e também no escalão sub 16. Qual não foi o meu espanto, que ao observar as baterias do escalão de sub 16, que num dos hets, estava um atleta oriundo das “Terras de Astérix”, o qual provocou o espanto de alguns que estavam na praia. Foram tecendo alguns comentários ao facto. Surgiram perguntas, tais como: Será que um atleta estrangeiro pode participar neste evento nacional? Se não é federado na FPS, como se inscreveu? Eu também quis inscrever um atleta não federado e não tive autorização? Este atleta poderá impedir a participação de atletas nacionais no evento Europeu? Todos estavam apreensivos sobre o assunto e não havia respostas, eu próprio fui tentar saber como tinha sido possível esta situação. Para tal dirigi-me ao responsável pela organização técnica da prova e coloquei algumas questões: · Como é que um atleta francês, que não é federado na FPS, pode participar neste evento? · Se não é federado não tem seguro desportivo e está a participar? · A sua participação poderá hipotecar a participação de atletas nacionais na final europeia? As respostas foram tímidas e pouco convincentes, mas o primeiro argumento, foi que este atleta francês era um Wild Card da Rip Curl, e que tinha sido a marca a indicar que o referido atleta iria participar no evento. No que diz respeito ao seguro deste atleta, a resposta foi que tinha sido assinado um termo de responsabilidade para o efeito. Foi também dito pelo responsável técnico do evento, que a participação deste atleta francês não iria retirar nenhuma vaga aos atletas nacionais na prova da final europeia. É de salientar, que nada tenho contra o atleta, pois ele será o menos culpado desta situação, devo mencionar que fiquei maravilhado com o seu nível de surf. Mas a realidade diz-me que alguns dos atletas nacionais que se cruzaram nos heats com este atleta e que foram eliminados da competição, tem agora menos hipóteses de se qualificarem para a tão desejada final europeia. Todo este processo, poderia ser evitado, se o organizador tivesse esclarecido todos os participantes, antes do início da prova que tinha atribuído um wil card, bem como elucidar acerca dos regulamentos e procedimentos. É um dever do organizador esclarecer as “regras do jogo”, pois convém não esquecer que os participantes pagaram a sua inscrição para participar no evento. Pelo facto não deveria ter optado pela figura do “Quero, Posso e Mando”. Desconhecendo os regulamentos do Grom Search, penso que o mais justo, seria as provas realizadas em cada um dos países, ser apenas destinadas a atletas nacionais, para desta forma todos os países estarem representados na final europeia. Aguardo pela etapa da Costa da Caparica, prevendo que esta vai ser bastante disputada, na busca de boas prestações que permitam o acesso a final europeia. Espero também para ver se nesta etapa também vai haver outro, ou o mesmo wil card. Desejo que Portugal seja bem representado e com os dois atletas a que tem direito em Peniche na final europeia. Parabéns á Rip Curl por esta iniciativa á escala mundial, que permite aos jovens surfistas demonstrarem o seu valor e consequente evolução do seu nível de surf. Refletir, Avaliar, Modificar, Ajustar…. Fazem parte da Evolução. Boas Ondas |
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Novembro 2016
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